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Justiça manda soltar policial que matou camelô piauiense em SP

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A juíza Eliana Cassales Tosi de Melo, da 5.ª Vara do Júri do Foro Central Criminal de São Paulo, mandou soltar o policial militar Henrique Dias Bueno de Araújo, que atirou na cabeça do camelô piauiense Carlos Augusto Muniz Braga, enquanto tentava coibir a venda de produtos ilegais em uma fiscalização na Lapa, Zona Oeste da capital paulista, na última quinta-feira (18).

Ao decidir pela soltura, a juíza argumentou que o disparo se deu durante ação policial e que Araújo voltou-se à vítima "após ter tido aparentemente seu braço esquerdo bruscamente puxado por ela". Ela também afirmou que "é dos autos que o réu estava na segurança de parceiros, também policiais militares, que então continham uma outra pessoa, em meio a populares aparentemente insatisfeitos com a presença da polícia no local, daí a necessidade de então encontrar-se armado".

A ordem de soltura foi assinada no sábado, mas só foi remetida ao Ministério Público Estadual nesta segunda-feira. A prisão tinha sido feita em flagrante. Ao expedir o alvará de soltura, a juíza determinou que Araújo não poderá deixar a cidade e deve comparecer todos os meses ao fórum "para informar e justificar suas atividades" – um procedimento de praxe nesses casos.

 
Piauiense morto durante conflito

"Se o acusado der mostras de que colocará em risco a instrução processual e a eventual aplicação da lei penal ou no caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, poderá ser substituída a medida, imposta outra em cumulação, ou, decretada a prisão preventiva", escreveu a juíza.

Tiro

Araújo atirou na cabeça do camelô enquanto o PM e outros dois outros policiais tentavam imobilizar outro ambulante, jogado no chão porque se recusava a se desfazer de seus CDs piratas. Enquanto as pessoas ao redor da cena gritavam para Araújo baixar sua arma, Braga tentou tomar um spray de pimenta que o PM empunhava na outra mão. Ao reagir, Araújo atirou em Braga.

No auto de prisão, Araújo foi defendido por um dos colegas, o PM Wilian Cavalheiro dos Anjos. Segundo o processo, Cavalheiro disse que "no momento do disparo efetuado pelo soldado Henrique Dias, um popular investiu contra o soldado, segurando uma de suas mãos, a qual segurava um gás pimenta, tendo o soldado, na tentativa de se defender, e em ato reflexo, virado-se e efetuado um disparo".

 

Fonte: Veja Online

 

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