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Mãe e gêmeos aguardam na porta de maternidade sem atendimento

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Uma mãe de gêmeos passou mais de duas horas na porta da Maternidade Evangelina Rosa aguardando atendimento para os filhos prematuros que estavam com insuficiência respiratória e dependiam de aparelhos. 

Fotos: Reprodução TV Cidade Verde

A jovem identificada como Luísa veio do município de Amarante, dentro de uma ambulância, e passou por três maternidades em Teresina, antes de decidir estacionar na porta da Evangelina Rosa.

Os gêmeos e a mãe estavam sendo cuidados pela enfermeira Eva Pacheco. "Essa é a quarta maternidade que pedimos ajuda. Eu vou ficar aqui enquanto essas crianças não forem atendidas", disse a enfermeira, quando esperava por um médico.


Com a chegada da TV Cidade Verde, uma médica pegou um dos bebês para atendimento e 15 minutos depois pegou outro. "Eu já estava preocupada", disse a mãe, aliviada. 

A maternidade alegou que os leitos de UTI neonatal estavam lotados e que foi preciso retirar uma criança dos leitos de médio risco para poder receber os gêmeos. Ao todo, 40% dos leitos da maternidade são ocupados por pacientes do interior. 


Em entrevista ao vivo para a TV Cidade Verde, o diretor da maternidade Evangelina Rosa, Francisco Martins, admitiu que a espera põe em risco a vida dos bebês e da mãe, mas reafirmou que não havia vagas.

"A maternidade do Dirceu informou que os bebês já haviam sido atendidos quando conseguimos uma vaga. Isso tudo não foi de propósito. Falta UTIs neonatais no Brasil inteior. A Evangelina tem 40 e a do Dirceu tem 7, mas precisamos que outras maternidades da prefeitura criem seus leitos e as cidades do interior também, porque esse deslocamento é prejudicial e pode tornar o caso irreversível", explicou o gestor.


Jordana Cury
Com informações de Vinícius Vainner.
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