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Marcelo Castro diz que Congresso reagiu à truculência de Cunha

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O deputado Marcelo Castro (PMDB) comemora desde ontem (26) a derrota que ele denominou como “fragorosa” do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB) na Câmara Federal. O presidente da Casa era um dos ferrenhos defensores do sistema eleitoral “distritão” proposto no projeto de Reforma Política. O modelo foi rejeitado por 267 votos a 210 e 5 abstenções na noite desta terça-feira.

Wilson Dias/Agência Brasil

A euforia de Marcelo Castro é uma espécie de resposta ao boicote que sofreu na Comissão Especial da Reforma Política, na qual o parlamentar piauiense era relator. Eduardo Cunha decidiu colocar em votação no plenário pontos da reforma sem apreciar o relatório feito por Marcelo Castro. O fato terminou com a destituição do peemedebista do posto, assumindo a missão o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), também a favor do “distritão”.

“Foi uma derrota fragorosa. Que isso sirva de lição para o Eduardo Cunha. Isso mostra que ele não sabe o que pensa o Congresso. É uma reação à truculência dele. Estou de peito lavado”, afirmou Castro.

Após ver jogado fora 3 meses de trabalho na comissão, Marcelo Castro contra atacou Cunha durante a votação e chegou a distribuir um panfleto aos deputados denunciando falhas do distritão.

Os deputados também rejeitaram, por 402 votos a 21 e duas abstenções, o sistema de votação em listas fechadas, que previa a distribuição das vagas de acordo com listas preordenadas. O sistema distrital misto – em que metade das vagas seria preenchida por lista e a outra metade pelo voto majoritário em distritos – também foi rejeitado pelo Plenário por 369 votos a 99 e 2 abstenções.

A Câmara terminou por manter o modelo atual, com sistema proporcional, que leva em conta os votos recebidos individualmente pelos candidatos de um partido e os recebidos pela legenda. Esses votos são usados para um cálculo de quantas vagas cada partido consegue preencher. 

Financiamento 

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na madrugada desta quarta-feira, proposta que pretendia incluir na Constituição o financiamento da campanha por pessoas físicas e jurídicas para os partidos e os candidatos, dentro de limites máximos de arrecadação e gastos de recursos que a lei deverá estabelecer para cada cargo. A proposta recebeu 264 votos favoráveis e 207 contrários, mas foi rejeitada porque mudanças na Constituição precisam de, pelo menos, 308 votos a favor.

Hérlon Moraes (Com informações da Câmara)
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