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Margarete Coelho diz que Elmano é bem vindo ao PP e que "distritão" é antidemocrático

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A vice-governadora Margarete Coelho (PP) declarou nesta segunda-feira (25), em entrevista ao Jornal do Piauí, que o PP está de "coração e braços abertos" para o senador Elmano Férrer (PTB). Quanto ao  "distritão" - modelo de eleições parlamentares que põe fim aos votos proporcionais - ela disse ser péssimo para a democracia política do país e para o povo.

Depois de o senador Ciro Nogueira (PP-PI) confirmar o convite feito pelo PP ao senador Elamano Férrer, inclusive para disputar a prefeitura de Teresina em 2016, a vice-governadora declarou que o petebista será bem-vindo ao partido para disputar qualquer cargo que deseje.

"O PP está de braços e coração aberto. O senador Elmano junta o saber político com a técnica, todos sabem que ele foi um funcionário público exemplar. Temos a convicção de que o capital político que o senador Elmano tem, fazendo política com diálogo, é muito positivo. Por isso ele tem sido disputado pelos partidos", disse.

O convite foi motivado pelo descontentamento do petebista com a direção nacional do partido. A sigla decidiu pela oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), mas os partidários no Piauí apoiam a petista. 

Distritão

Margarete disse ainda ser contra o modelo do 'distritão' proposto pelo PMDB e defendido pelo presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O modelo exclui eleições proporcionais, o que atualmente beneficia partidos menores e candidatos de menor expressividade. 

"O 'distritão' é péssimo para as democracias, para as minorias e consequentemente para o povo. Ele não resolve a crise de representatividade atual e cria uma falsa expectativa de representatividade. O sistema de 'distritão' permite que quem está no poder se perpetue no poder. Vai se formar um novo desenho de estados e união", afirmou.

Quanto ao movimento Mais Mulheres na Política, ela disse que a proposta de cota mínima de 30% para o gênero feminino é incompatível com o "distritão".

" É incompatível, pois esse é um modelo majoritário. A possibilidade seriam listas feitas após as eleições. As mulheres concorreriam com os homens a 100% das vagas e depois haveria a divisão. Mesmo assim, acho difícil o 'distritão' passar sem prever a cota. Difícil porque será uma democracia que exclui mais da metade do eleitorado, que é formado por mulheres", disse. 

Maria Romero (especial para o Cidadeverde.com)
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