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Berzoini quer revisão imediata do modelo de telecom

Diante de deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia, o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, voltou a defender a revisão do modelo de telecomunicações diante das mudanças tecnológicas e da alegada perda de receitas do serviço de telefonia fixa.

“Temos que discutir o que fazer com os contratos de concessão, visto que a telefonia fixa perde valor a cada ano. A redução da receita é tendência e exige uma análise sistêmica e profunda do modelo de concessão instituído em 1997, que, na minha opinião, por várias razões, inclusive tecnológicas, esta começando a esclerosar”, afirmou Berzoini. “Se não fizermos essa discussão, podemos ter daqui 10 anos um ativo de pouco valor para redefinir”, emendou.

“Atividades concedidas pelo Estado exigem que se busque equilíbrio entre máximo interesse público e qual a forma de financiamento da atividade das empresas. Poderia responder demagogicamente que sou contra assinatura básica, mas se olhar as planilhas, vemos até que ponto ainda é um fator importante”, sustentou o ministro.

Berzoini sugeriu, ainda, que a análise também encoste nas relações das teles com as empresas de Internet. “Hoje, e não apenas no Brasil, a maior preocupação das empresas de telecomunicações é que elas têm obrigações de estruturar infra para suportar voz e dados, mas sobre essa estrutura operam grandes empresas mundiais que usam sem investir um centavo”, completou. A posição até é polêmica porque o ministro se refere às OTTs, como Google e Netflix, e o modelo de negócios delas com as teles.

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