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Média de descontos em imóveis é a maior desde 2013, diz Fipezap

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O percentual médio de desconto recebido pelas pessoas que compraram imóveis nos últimos 12 meses atingiu em março seu maior nível desde 2013, segundo pesquisa Fipezap divulgada nesta quinta-feira (21). O índice registrado foi de 7,5%, o maior resultado desde o início da série histórica da pesquisa.

Segundo o estudo, os descontos subiram marginalmente ao longo do tempo, passando de 6,5% nos 12 meses terminados em dezembro de 2013 para 7,5% nos 12 meses terminados em março de 2015.

O estudo também mostrou a fatia de compradores que declararam não ter recebido qualquer redução de preço ao fechar o negócio: 27%.

Outro índice que atingiu o menor nível já registrado pela pesquisa Fipezap foi a parcela de compradores que adquiriram imóveis com a intenção de revende-lo: 13,7%. No final do trimestre anterior, terminado em dezembro de 2014, esse número era de 16,3%.

Essa queda na intenção de comprar um apartamento ou uma casa para revender puxou para baixo a fatia de investidores no mercado imobiliário, que também atingiu seu menor patamar desde 2013, com 37%.

A queda só não foi maior porque a porcentagem de pessoas que querem comprar imóveis para tirar renda com aluguel teve uma baixa menos acentuada, passando de 24,2% do trimestre anterior, encerrado em dezembro de 2014, para 23,4% em março de 2015.
A maioria das pessoas que querem comprar imóveis nos próximos 12 meses têm o objetivo de morar sozinho, com 43%. Outros 10% pretendem morar com alguém, e 10% querem adquirir a casa ou apartamento para outra pessoa morar.

Imóvel novo ou usado?

Entre as pessoas que compraram imóveis nos últimos 12 meses, a maioria optou por usados. Foram 59%, contra 49% que escolheram empreendimentos novos.

Entre os que pretendem comprar imóveis nos próximos meses, os imóveis novos também foram escolha de uma minoria: 13%. Outros 38% disseram preferir imóveis usados, enquanto 50% disseram que não fazem questão.

As entrevistas com os compradores, no entanto, foram feitas antes de a Caixa Econômica anunciar a redução no limite de financiamento para imóveis usados. Por isso, não é possível concluir a partir do estudo qual foi a mudança causada pela medida na escolha dos compradores.

Maioria acha que os preços estão altos

Entre as pessoas que pretendem comprar um imóvel nos próximos 3 meses, a grande maioria, ou 87%, afirma que os preços estão altos (40%) ou muito altos (47%). Outros 10% apontam os valores como “razoáveis”, enquanto apenas 2% dizem que estão baixos ou muito baixos. 2% não souberam opinar.

No grupo dos que compraram uma casa ou apartamento nos últimos 12 meses, as pessoas que consideram o valor alto ou muito alto também são maioria: 42% e 33%, respectivamente. Os que consideram os preços razoáveis são 16% e baixos ou muito baixos, 5%. Os compradores que não souberam opinar somaram 3%.

Com a percepção de preços altos, a parcela de pessoas que afirmam que querem comprar imóveis nos próximos 3 meses não registrou alta. Era de 58% no terceiro trimestre de 2014, passou para 48% no período seguinte e permaneceu estável nos primeiros três meses de 2015.

Os interessados em comprar esperam que os preços caiam 6,2% nos próximos 12 meses, segundo a pesquisa. No trimestre anterior, a expectativa era de queda menor, de 4,7%. Na outra ponta, a faixa de consumidores que esperam um aumento nos preços caiu, de 26% para 20%.

Fonte: G1.

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