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"Meu filho não era bandido, era cidadão", diz mãe de Acherles Rafael

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As circunstâncias da morte de Acherles Rafael Ramos de Castro, 24 anos, morto dentro da loja Smart Center, na avenida Kennedy, ganha nova versão após relatos dos familiares nesta quarta-feira (30). Rafael Castro foi morto na noite de segunda-feira quando entrou na loja. A mãe do rapaz, Iolanda Castro,  afirmou ao Cidadeverde.com que seu filho foi enterrado como bandido, mas que vai limpar o seu nome e a sua honra. 

"Sei que isso não vai trazer ele de volta, mas não vamos admitir que a última lembrança dele seja essa", afirma Iolanda Castro.  

A família disse que vai lutar até o fim para punir o homem que matou Rafael. "Ele não matou um bandido, ele matou um cidadão. Por isso, tem que pagar pelo crime que cometeu", diz a mãe de Archeles Rafael, que trabalhava como auxiliar de serviços gerais em um supermercado, localizado na avenida Homero Castelo Branco, zona leste de Teresina. 

A mulher dele, Inês Naira da Silva Lima, 23 anos, que é comerciária, conta que na noite do ocorrido, Rafael a teria buscado no trabalho e levado para casa. "Ele disse que ia sair novamente, mas que não demorava". O casal tem um filho de seis anos. 

Apesar de já ter comentado várias vezes com a esposa que estaria precisando de uma capa para o celular, Rafael não informou naquela noite que esse era o motivo da saída. "Ele tinha costume de sair para conversar com os amigos, mas nunca demorava".  

Por conta da demora, Inês teria feito várias ligações para o celular do marido sem sucesso. Rafael foi atingido por três tiros, após travar uma luta corporal com um cliente que teria reagido ao suposto assalto. O fato aconteceu por volta das 18h40 de segunda-feira, mas somente às 22h30 um policial atendeu o telefone de Rafael e contou a família que ele havia morrido ao tentar assaltar uma loja de acessórios para celular.   

"O policial que atendeu a ligação contou que ele tinha tentando assaltar uma loja e teria sido morto. E que andaria em uma moto roubada. Meu marido não tinha arma, não era bandido, era trabalhador. A moto é dele, estava registrada no nome da minha sogra", afirma Inês.   

Ela conta ainda que tudo pode ter sido um grande mal entendido. "Ele tinha costume de guardar a carteira no cós da calça. Aí quando ele foi tirar para pagar, eles podem ter pensado que era uma arma e que ele estaria fazendo um assalto". 

A família já foi ouvida pela polícia, que ainda está em posse de todos os pertences de Rafael. As investigações continuam. 

Os funcionários do estabelecimento também serão intimados para depor sobre o crime. "Os funcionários declararam que ele chegou solicitando uma capa de aparelho celular e foi até o caixa para fazer o pagamento, anunciando o assalto. Vamos verificar se estas informações são corretas ou se alguém está mentindo. Quem prestar informação falsa pode ser indiciado por falso testemunho", ressaltou o delegado Higgo Martins, da Delegacia de Homicídios.

 

Flahs Lucas Marreiros (Especial para o cidadeverde.com)
Redação Sana Moraes  
[email protected] 

 

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