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Moradora da zona Leste coleciona placas de carro perdidas durante chuvas

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  • e43ebd8584b43ea8a2ede022c67d7950.jpg Foto: Wilson Filho/Cidade Verde
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Uma moradora do bairro São Cristóvão, na zona Leste de Teresina, está colecionando placas de carro que se perdem durante as chuvas na região. O local costuma ficar bastante alagado nessa época do ano. A pensionista Maria de Lourdes da Silva Ramos, 53 anos, juntou mais de 100 placas nos últimos meses, que foram encontradas na frente de sua residência, após as chuvas.

"Moro aqui há 38 anos. Tem uns 8 ou 10 anos que faço essa brincadeira, porque aqui na frente fica um verdadeiro rio. Tem placas que vêm do bairro Piçarreira e escoam para este lado junto com a água", afirmou a pensionista.

Maria de Lourdes explicou que há muitos anos os moradores do bairro esperam pela construção de uma galeria, porém, o projeto nunca saiu do papel. De acordo com a pensionista, há cerca de 3 meses, técnicos da prefeitura foram ao local para fazer medições que serviriam de base para a construção da galeria, mas a obra ainda não foi iniciada.

"Já fomos atrás muitas vezes. Sonhamos com essa galeria há muitos anos, mas eu acho que enquanto eu estiver viva não sai. Só meus netos que a verão construída", desabafou Maria de Lourdes, sem esperanças.

Apesar da situação, a moradora consegue se divertir. Ela criou o "jogo das placas", para ajudar os donos dos veículos a encontrarem as placas perdidas. "Sabe a caça ao tesouro? Pois eu resolvi fazer a caça às placas. Resolvi pendurá-las no muro da minha casa e muitos motoristas passam e encontram a placa que estava perdida", brinca a pensionista, que já entregou quatro placas somente hoje. 

 

"Moro aqui há 38 anos. Tem uns 8 ou 10 anos que faço essa brincadeira, porque aqui na frente fica um verdadeiro rio"
Dona Lourdes, pensionista que juntou placas arrastadas pelas chuvas

 

A maioria das 109 placas penduradas é registrada em Teresina, mas também há placas de União, Picos, Piripiri, Floriano, Esperantina, Regeneração, Campo Maior, Timon (MA) e Caxias (MA), e até de locais mais distantes, como Belém (PA), São Luís (MA) e Brasília (DF).

Mesmo com os transtornos, Maria de Lourdes não pensa em mudar de casa. "Apesar de eu não poder sair quando chove porque tenho medo de chegar em casa e a água ter invadido, eu não quero sair. Fui uma das primeiras moradoras do bairro e amo a minha casa. Então, o jeito é aguentar", declarou.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
Redação de Jordana Cury
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