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MT será o maior produtor de peixes de água doce em 2016, estima Sebrae

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As expectativas são de crescimento para o setor da piscicultura em Mato Grosso, que atualmente tem uma produção de 60 mil toneladas por ano. A estimativa do superintendente do Sebrae Mato Grosso, José Guilherme  Barbosa Ribeiro, é de que o estado será o maior produtor de peixes de água doce em dois anos, saindo do terceiro lugar. Ocupam o primeiro e segundo lugar os estados de Santa Catarina e Paraná. “Hoje tenho a convicção de que através do trabalho chegaremos a 73 mil toneladas por ano em 2016 e vamos ser o primeiro produtor com grande qualidade”, afirmou durante a abertura da Feira Nacional de Peixes Nativos de Água Doce e Seminário Técnico, em Cuiabá (MT), na noite desta quinta-feira (16).

Em Mato Grosso, o setor da piscicultura tem crescido em torno de 10% ao ano, motivando produtores principalmente pela busca da diversificação da produção nas propriedades, conforme o presidente da Associação de Aquicultores do Estado de Mato Grosso (Aquamat), Jules Ignácio Bortoli. “Como é uma atividade nova, falta muita informação ainda, mas tem muito para crescer. Os produtores têm buscado qualificação para orientar os investimentos”, destaca. No estado, são cerca de mil piscicultores, sendo que 220 são associados à Aquamat.

Para o palestrante, Jogi Humberto Oshiai, especialista em política agrícola e alimentos, a piscicultura é um setor que está iniciando e, se for trabalhado corretamente, é um grande negócio. Segundo ele, com o aumento da produção de peixes de água doce não deve ser usado para transformar o peixe em uma commoditie. “É muito mais um nicho gourmet. Acredito que é um bom negócio para pequenos e médios produtores. O Brasil também tem que apostar nesse sentido”, opina Oshiai, que defende o fortalecimento das associações.

Ele ressalta que os produtores devem ficar atentos à oportunidades do mercado nacional quanto à agregação de valor que o beneficiamento do pescado pode trazer aos cortes de peixes. “A meu ver, o pescado nativo tem que se diferenciar, por ser sustentável. Por um bom tempo será um produto gourmet”, comenta.

O palestrante projeta que para 2020 o aumento na produção de proteína animal será de 50% e destacou a importância do cuidado com a água, principalmente pelos piscicultores, que não podem perder a sustentabilidade e a rastreabilidade de vista. “As futuras guerras que irão acontecer serão sobre água e alimentos. Quem produzirá alimentos tem que cuidar da água, otimizar recursos disponíveis para produção eficiente”, diz.

O gerente de pesquisa e desenvolvimento de produtos de uma empresa líder em produção de peixes marítimos enlatados, Ericsson Venzon, foi um dos palestrantes da noite de abertura, e conta que estão em busca de novos parceiros para investirem em enlatados de peixes de água doce. Seria um produto inovador, já que o ramo de enlatados é o foco da empresa. “Mato Grosso é uma dessas regiões e impressiona pelas espécies de peixes e volume de produção”, ressalta.

A Feira Nacional e Seminário Técnico são realizados pelo Sebrae Mato Grosso, a Aquamat e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural  (Senar MT). A entrada para a feira é gratuita e prosseguirá na sexta-feira (17) e sábado (18), das 18 às 22h. O Seminário Técnico será das 9h às 18h, com custo de R$ 150,00 (com almoço incluso) para piscicultores e empresários; e R$ 75,00 (estudantes). Oficinas e clínicas tecnológicas custam R$ 20/cada.

Fonte: G1

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