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Mulheres do Piauí têm a 2ª pior renda mensal do País (R$ 922,00), diz IBGE

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A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2013 divulgada nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou um dado desanimador para as mulheres piauienses. Segundo o levantamento, o sexo feminino no Piauí tem a segunda pior renda média do País com salário de R$ 922, abaixo dos R$ 1.392,00, da média nacional.

O IBGE revelou ainda que o Estado só tem 1,8% de cobertura de esgoto, sendo um dos piores estados do país em relação ao abastecimento e saneamento básico. Segundo o instituto, muito distante da realidade nacional (59%) e até mesmo de Estados nordestinos como a Paraíba e a Bahia que já ultrapassaram os 51%.

O abastecimento de água tratada e coleta de lixo continuam abaixo dos 70% no território piauiense enquanto a média nacional já ultrapassou os 85%; e no Nordeste, o Rio Grande do Norte já chegou aos 87,9%. 

O Piauí continua com o 2º pior índice de fornecimento de energia elétrica (95,9% em 2012 e 97,3% em 2013) quando a média nacional já chegou aos 99,6% e os demais  Estados do Nordeste estão com o índice próximo aos 100%.

Economia
Quanto às atividades, o setor dos serviços, inclusive a administração pública, ocupavam 34,9% da mão de obra piauiense, seguida pela agrícola, 33,6% e o comércio com 17,3%. Por outro lado, os 4,6% na atividade industrial é o menor percentual dentre os Estados e bem distantes dos 14,5% do Ceará, por exemplo.

Esse ramo de atividade faz com que a mão de obra piauiense continue com o menor rendimento médio mensal do país, R$ 1.037,00, ficando atrás, regionalmente, do Rio Grande do Norte com R$ 1.277,00 e Sergipe com R$ 1.293,00. As mulheres piauienses têm a segunda pior renda média, R$ 922, abaixo dos R$ 1.392,00, da média nacional.

Brasil 
População

O PNAD apontou que, em 2013, a população residente no Brasil foi estimada em 201,5 milhões de pessoas, 0,9% (1,8 milhão) acima de 2012. As mulheres corresponderam a 51,5% na população.  As pessoas de 60 anos ou mais de idade corresponderam a 13,0% da população, 0,4 ponto percentual maior que em 2012. Em 2013, 46,1% da população residente (93,0 milhões de pessoas) se declararam de cor branca; o grupo de pessoas de cor parda (90,6 milhões) representou 45,0%; 8,1% se declararam de cor preta (16,3 milhões); e 1,7 milhão de pessoas (0,8%) declararam outra cor ou raça (indígena e amarela).

Educação e Economia

A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade ficou em 8,3%, o que corresponde a 13,0 milhões de pessoas. 

A pesquisa traz também uma série de resultados harmonizados, de 2001 a 2013 (que exclui as áreas rurais de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá), na qual é possível constatar redução nas taxas de analfabetismo (de 12,4% em 2001 e para 8,2% em 2013) e de desocupação (de 9,4% para 6,6%), além de aumento no percentual de empregados com carteira de trabalho assinada (de 55,3% para 65,2%) e no rendimento mensal real de trabalho (de R$ 1.300 para R$ 1.681) e de todas as fontes (de R$ 1.315 para R$ 1.594).

A maioria dos analfabetos era de mulheres (50,6%), indicador que se repetiu nas regiões Sudeste (56,2%), Sul (55,6%) e Centro-Oeste (50,5%). Apesar de a taxa de analfabetismo ter diminuído principalmente no Nordeste (de 17,4% em 2012 para 16,6% em 2013), essa ainda é a região com a taxa mais elevada do país, concentrando 53,6% do total de analfabetos. A taxa de escolarização das pessoas entre 4 e 5 anos de idade alcançou 81,2%, 3,1 pontos percentuais acima de 2012 (78,1%). A maior taxa de escolarização ocorreu entre crianças de 6 a 14 anos (98,4%), faixa de idade que corresponde ao ensino fundamental.

A proporção do rendimento de trabalho das mulheres em relação ao rendimento dos homens passou de 72,8%, em 2012, para 73,7%, em 2013. Em média, em 2013, os homens receberam R$ 1.890 e as mulheres R$ 1.392.

Moradia

O número de domicílios particulares permanentes no país foi estimado em 65,1 milhões em 2013, 85,3% deles com rede de água, 64,3% com rede de esgoto, 89,8% com coleta de lixo, 99,6% com iluminação elétrica e 92,7% com telefone. O percentual de domicílios que tinham computador com acesso à Internet aumentou para 43,1%. Cerca de 86,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a Internet no período de referência dos últimos três meses em 2013, 50,1% do total nessa faixa etária.

O número de domicílios particulares permanentes no país, em 2013, foi estimado em 65,1 milhões, um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior (63,8 milhões). Considerando a condição de ocupação em 2013, observou-se a seguinte distribuição: 74,5% eram próprios (sendo 69,4% quitados e 5,1% em aquisição), 17,9% eram alugados, 7,2% cedidos e 0,4% em outra condição. 

No Brasil, aproximadamente 86,7 milhões de pessoas de 10 anos ou mais de idade acessaram a Internet no período de referência da pesquisa em 2013, um crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior. De 2012 para 2013, a proporção percentual de internautas passou de 49,2% para 50,1% do total da população residente. Mais da metade dos internautas tinham de 10 a 29 anos de idade (52,6%).

 

Flash Yala Sena (Com informação do IBGE)
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