O técnico Bernardinho permanece no comando da seleção brasileira masculina de vôlei no próximo ciclo olímpico, confirmou na noite desta terça-feira o presidente de Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Ary Graça. O treinador já estava apalavrado para continuar à frente do selecionado antes mesmo dos Jogos de Londres.

- Desde que saímos do Brasil, ele já estava acertado. Bernardinho é o nosso técnico por mais um ciclo olímpico (quatro anos). Quanto ao ciclo 2016/20, ainda não conversamos porque está muito longe. Mas o que posso confirmar é que ele continua à frente da seleção masculina até 2016 - afirmou Ary.

A confirmação acaba com os rumores de que poderia haver uma troca no comando da seleção masculina em função da derrota na final olímpica para a Rússia. Aos 52 anos, Bernardo Rezende está à frente da seleção masculina desde 2001.

- Não existe surpresa alguma na manutenção do Bernardo no cargo, uma vez que já estávamos apalavrados desde antes de irmos para Londres. Inclusive já havíamos divulgado isso nas Olimpíadas, independentemente do resultado final - completou Ary Graça.

Apesar da confirmação, Bernardinho não tem um contrato assinado com a CBV. Segundo a entidade, os acertos com os treinadores das seleções são feitos de forma verbal. Como fizera uma promessa de se dedicar mais à família nos próximos anos, é provável que Bernardinho deixe o comando do time feminino do Rio de Janeiro, assim que vencer o seu contrato, em abril de 2013. O treinador, no entanto, ainda não se pronunciou a respeito do assunto desde que chegou de Londres.

Em 11 anos à frente da seleção masculina, Bernardinho soma resultados expressivos, como a medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas (2004), o tricampeonato mundial (2002/06/10), o bi da Copa do Mundo (2003 e 2007), o ouro no Pan-Americano do Rio (2007), além de 10 títulos da Liga Mundial e cinco Sul-Americanos.