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Aguapés e canaranas tomam de conta do leito do Rio Poti

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A grande quantidade de aguapés e outro tipo de vegetação, canarana, no leito do rio Poti está causando preocupação aos ambientalistas. Para Francisco Soares, presidente da Fundação Rio Parnaíba (Furpa), essas plantas aparecem por conta do alto índice de poluição que se concentra no rio. 

“Não existe políticas públicas que evitem essa proliferação de aguapés todos os anos, no rio Poti. Nosso esgotamento sanitário só cobre 17% dos mais de 800 mil habitantes de Teresina, enquanto que o ideal seria 80% para desaparecer esse quadro triste”, explicou o professor Soares. 

Ele disse que a canarana está se proliferando por conta do assoreamento do rio, provocado principalmente pelas queimadas e desmatamentos nas margens do rio. “A agressão ocorre desde as nascentes do Rio Parnaíba até o Delta, não há fiscalização, que deveria impedir essas queimadas. Com isso o rio vai perdendo cada vez mais a possibilidade de navegabilidade”, afirmou. 

Francisco Soares informou ainda que os aguapés são despoluidores naturais, mas em grande quantidade provoca a morte de peixes e da fauna aquática, pois impede a entrada dos raios solares que ajuda na respiração dos peixes. 

“Quando há muitos aguapés significa que o índice de poluição está alto e que os peixes estão contaminados, quando não morrem sufocados. O monitoramento e a fiscalização para que os dejetos não sejam jogados diretamente nas galerias fluviais e caiam nos rios sem tratamento”, destacou o professor Soares. 


Caroline Oliveira

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