Uma mulher não identificada jogou café no rosto do governador Geraldo Alckmin (PSDB) neste domingo. Durante caminhada do político em Campinas, para apoiar a campanha do candidato a prefeito da cidade Jonas Donizette (PSB), a moça se aproximou do grupo e atirou a bebida que atingiu várias pessoas entre seguranças, fotógrafos e jornalistas.
O rosto, os óculos e parte das mangas e região do bolso da camisa do governador ficaram manchadas pelo liquido. A mulher, que estava vestida toda de branco, foi afastada do grupo pelos seguranças. O governador continuou a caminhada pela Avenida Suaçuna com a roupa com as marcas de café. "Eu adoro café, café no bule, café na xícara. Violência não enche urna. A política é a arte de unir, de trocar ideias", comentou.
Desta vez, Alckmin andou pela Avenida Suaçuna e cumprimentou eleitores. Ele entrou em um mercadinho, passou por uma banca de jornal, falou com um homem que assava carne na calçada e depois foi até um bar interrompendo o jogo de sinuca de um grupo. O candidato Donizette foi convidado e deu duas tacadas conseguindo colocar a bola na caçapa e foi aplaudido.
Por ultimo, o governador subiu em um caminhão de som e fez um discurso. "Essa é uma caminhada cívica. Estou aqui para apresentar o próximo prefeito de Campinas, Jonas Donizette", disse. De acordo com o governador, o candidato reúne todas as qualidades para administrar uma cidade do tamanho de Campinas.
"Crise na saúde é culpa do PT"
Alckmin criticou e culpou o governo federal petista pela atual crise na saúde do Estado. "O PT não gosta de saúde. A crise na saúde é culpa do PT. Antes o financiamento e repasse para a saúde era de 60%, depois foi caindo para 59, 55, 45, 30%", disse Alckmin. "A população está vivendo e envelhecendo mais e coloca tudo nas costas do governo do Estado", falou.
Segundo Alckmin, a crise se instalou por causa da falta de reajuste na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS). "A tabela do SUS não é corrigido", pontuou. Mais adiante, ele deu 'indiretas' sobre a destinação do dinheiro publico do governo federal. "A crise da saúde é do PT que tira dinheiro da saúde e faz má aplicação do dinheiro publico e a agente vê isso tudo na televisão".
Ataque contra a polícia
O governador paulista disse que os recentes ataques contra os policiais são obras de uma organização criminosa que "quer intimidar" o governo. "Eles querem intimidar por que nós prendemos." Segundo Alckmin, o Brasil se tornou um grande centro de consumo e distribuição de crack e cocaína. "O Brasil ocupa o primeiro lugar, a traz até dos Estados Unidos, por causa das drogas. E nós que somos governo temos o dever de atuar e prender. E eles fazem esses atos para intimidar", falou.
De acordo com Geraldo Alckmin, de janeiro deste ano até este mês a prisão de acusados dos mais diversos crimes pulou de 180 mil para 193 mil. Ele falou também que vai contratar mais 200 delegados e outros 278 policiais para a área tecnológica da polícia civil.
Fonte: Terra