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Viúva chora e perdoa assassino de policial militar durante acareação

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Celmírames de Rezende Meireles de Araújo, viúva do policial militar Guido Martins de Araújo Filho, morto em fevereiro desse ano na Vila Maria, chorou ao encontrar com o assassino do seu esposo na manhã desta quinta-feira (25), na sede do Grupo de Repressão ao Crime Organizado. O acusado, Anderson da Costa e Silva, 24 anos, confessou o crime e pediu perdão à senhora e à filha dela, Andressa. 

Reprodução/TV Cidade Verde

Anderson, vulgo Nandinho, foi preso em uma operação realizada pelo grupo especial em parceria com a 2ª Seção do Estado Maior Geral da PM e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE). 

Após uma denúncia anônima a polícia descobriu que ele estava indo de Brasília até a cidade de Caxias (MA) e de lá pegou um táxi com dois casais em direção a Teresina. O automóvel foi abordado na altura da Ponte Nova da Tabuleta e todos foram conduzidos à sede da Greco. Um outro acusado do assassinato do SD Guido, conhecido como Misael, vulgo “Vida Louca”, foi morto numa troca de tiros na região da Santa Maria da Codipi, zona Norte de Teresina no último dia 29 de abril. Resta apenas a prisão de mais um dos acusados, conhecido como Lucas Ítalo, vulgo “Luquete”.


O presidente do Greco, delegado Menandro Pedro, explicou que o grupo foi detido por volta das 19h de ontem (24). “Ele (Anderson) confessou o crime, nós gravamos. Este é o segundo homicídio dele, que é usuário de drogas”, descreve. 

Segundo a polícia, Guido tinha saído do trabalho como PM e ido fazer um bico em um supermercado, quando chegou o trio formado por Lucas, Misael e Nandinho. “O policial não reagiu, quando eles pensaram que ele poderia esboçar reação, atiraram. São pessoas frias”, declarou. 

Emoção
A viúva, Celmírames, e a filha do policial, Andressa, foram à sede do Greco, nesta manhã e conversaram com o acusado. “Eu não tive coragem de ver nenhuma foto dele (Anderson) antes. Hoje me deparei e falei com ele; desabafei, perguntei tudo. Ele confessou (o crime). E da Justiça, só quero justiça”, descreveu, emocionada, a senhora. 


Ela diz que chorou bastante durante este encontro. “Pedi pra ele que abandonasse o crime e fosse um novo homem. Ele chorou e pediu perdão. Aceitei. Meu marido era bom demais para que eu não aceitasse. Para a família do Anderson, peço que eles tenham paz porque eu não estou tendo. A paz que eu tenho hoje é a resposta da polícia. Espero que eles trabalhem mais na prosperidade e melhoria dele para que ele venha a ser um cidadão”, pontua. 

“Foi uma cena que comoveu a esta autoridade, que tem 25 anos, na polícia”, confessou o delegado Menandro Pedro, que diz que o crime foi desvendado. 



Carlos Lustosa Filho
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