A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou 1,9% em junho deste ano, em relação ao mês anterior.

No período, seis dos sete indicadores utilizados para medir o ICF apresentaram alta na mesma base de comparação, sendo que os itens que tiveram aumentos mais acentuados foram momento para duráveis (4,2%) e compra a prazo (3,8%).

Na comparação entre junho deste ano de 2012, o ICF recuou 3,8%, com destaque para perspectiva de consumo (-5,5%) e nível de consumo atual (-4,9%).

De acordo com a CNC, o índice que se encontra em 130,1 pontos, o terceiro menor índice mensal da série iniciada em 2010, foi influenciado, especialmente na comparação anual, pelo nível mais elevado da inflação, o menor crescimento da renda, o menor otimismo quanto ao emprego, além da manutenção de um patamar mais alto de endividamento e inadimplência.

Entre as regiões, Nordeste e Sudeste foram as que apresentaram maior alta na intenção de consumo, 2,7% e 2,6%, no confronto mensal, respectivamente. Já no confronto anual, apenas a região Sul apresentou variação positiva, de 0,6%.

Entre as faixas de renda, as famílias com renda superior a dez salários mínimos tiveram um aumento maior da intenção 2,8% no confronto mensal e -3,9% no anual, enquanto aquelas com renda até dez salários tiveram, na comparação entre junho e maio, uma alta de 1,7%, enquanto na relação anual houve queda de 3,8%.