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"Quem participa de rachas, vai para matar ou morrer", diz promotora

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A promotora de Justiça Clotildes Carvalho declarou, em entrevista ao Notícia da Manhã desta quarta-feira (24), que os "rachas" são crimes bárbaros e que devem ser julgados no Tribunal Popular do Júri.

Evelin Santos/Cidadeverde.com

Clotildes explicou que o acidente que resultou na morte do funcionário do Hemopi Raimundo Mesquita de Oliveira ainda está sendo investigado, mas pelas imagens foi comprovada a competição não autorizada de veículos em alta velocidade, o que resultou no homicídio.

"É um crime que tem alta potencialidade lesiva. A pessoa que vai para um racha, ou ela vai para matar ou para morrer. Ou ela está embriagada ou drogada. A velocidade dos veículos já mostra o tamanho do perigo. A vítima era um cidadão que estava indo para o trabalho e foi surpreendido pela irresponsabilidade de jovens. Foi um crime bárbaro", defendeu a promotora.

Fotos: Evelin Santos / Cidadeverde.com
Registro do acidente, que aconteceu às 5h15 de ontem (18)

Clotildes explicou que o juiz deve pedir o resultado dos exames feitos no hospital para saber se o jovem Lucas Pinto de Sousa Amâncio, 19 anos, estava alcoolizado no momento em que atropelou Raimundo e derrubou um poste na Alameda Parnaíba, na última quinta-feira (18).





Imagens das câmeras de segurança da avenida mostraram claramente três veículos em alta velocidade na via. "Já encaminhei dois casos semelhantes ao Tribunal do Júri. Tudo vai depender das provas, mas pelo que as imagens mostram, foi um homicídio com dolo eventual. O próprio delegado pode constatar isso. Nesse caso, nem será preciso passar pelo Ministério Público, mas se passar por mim, provavelmente será encaminhado para o Tribunal do Júri", disse a promotora.

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Jordana Cury
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