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Laser revoluciona cirurgia de catarata no hospital Francisco Vilar

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O primeiro laser para cirurgia de catarata, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está disponível no Hospital de Olhos Francisco Vilar, que é referência nesta cirurgia pela experiência de seus oftalmologistas aliada ao uso adequado das novas tecnologias. O laser para cirurgia de catarata trata-se de um equipamento que permite ao médico automatizar etapas do procedimento cirúrgico, que até então eram realizadas manualmente (bisturi).

Combinando um microscópio de vídeo com um tomógrafo de coerência óptica (OCT), a tela cirúrgica fornece, em tempo real, a visualização tridimensional de todo o segmento anterior do olho durante o procedimento. Uma microincisão inferior a 3mm é realizada, além de minimizar a inflamação, permite rápida cicatrização e recuperação da visão. Além disso, o laser possibilita posicionar com precisão a lente intraocular implantada, reduzindo erros refracionais (como miopia, astigmatismo e presbiopia - também chamada vista cansada) e melhorando a acuidade visual do paciente.

A nova tecnologia é um dos grandes avanços em cirurgia da catarata por possibilitar uma maior personalização para atender às necessidades de cada paciente, revolucionando o tratamento e criando uma nova modalidade cirúrgica, que alia as técnicas da cirurgia de catarata tradicional às modernas técnicas refrativas. A catarata-refrativa, como vem sendo chamada essa fusão, possibilita ao paciente reduzir a dependência de óculos corretivos, que são usados após a cirurgia de catarata.

A doença

A catarata ainda é a principal causa de cegueira no mundo (responsável por 51% dos casos) e acomete 45 milhões de pessoas, segundo dados da OMS. Só no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, existem cerca de 600 mil cegos por catarata, com uma incidência de 120 mil novos casos por ano. Os pacientes demoram a procurar um médico, por falta de acesso e informação, e por desconhecerem todas as opções de tratamento.

A enfermidade está relacionada à idade, apesar de doenças sistêmicas como diabetes, alterações congênitas, uso de medicamentos (cortisoma) e traumas poderem ser fatores preponderantes. Mas alguns hábitos podem antecipar a formação. Os principais são alimentação rica em colesterol, açúcar e sal; exposição ao sol sem lente com proteção ultravioleta; o hábito de fumar que diminui a oxigenação do sangue e aumenta em duas vezes o risco de contrair a doença; o sedentarismo e a vida estressante.

Outro aspecto da deficiência visual envolve a catarata congênita, principal causas da cegueira na infância. O problema pode ser diagnosticado por meio de um exame simples, o teste do olhinho. Mas é a partir dos 60 anos que comumente surge à catarata. Só para se ter uma idéia, a doença atinge 17% das pessoas com até 65 anos e 47% dos que têm de 65 a 74 anos.

A única forma de tratar a catarata é através da cirurgia, indicada para quem tem 30% ou menos de visão. A recomendação é procurar a orientação de um oftalmologista aos primeiros sinais da doença, que pode ser detectada diante da dificuldade de enxergar à noite ou em ambientes escuros, mudança frequente do grau dos óculos, perda da visão de contraste e aumento da sensibilidade à luz (fotofobia).


Da Redação

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