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"Eu fiz questão de ficar frente a frente com ele", revela Canabrava sobre algoz

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O delegado Ademar Canabrava, titular do 12º Distrito Policial, revelou no Notícia da Manhã desta quinta-feira (26) que fez questão de ficar frente a frente com um dos responsáveis pelo atentado sofrido em setembro do ano passado. Identificado como Kaíque dos Prazes Mesquita, o suspeito foi preso na tarde de quarta-feira (25) por policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).

"Eu fiz questão de ficar frente a frente com ele para que pudesse fazer o reconhecimento. A gente, como policial que está no dia-a-dia, está acostumado com essas coisas. Não é a primeira vez. Já sofri (atentado) uma vez ali na Ponte da Primavera, quando dois elementos atiraram em mim. Nessa época, eu tive êxito. É uma profissão de risco, mas a gente já está acostumado. São 30 anos", comentou o delegado em entrevista à TV Cidade Verde.

Canabrava afirmou que fez bem ao não reagir à tentativa de assalto que quase resultou em algo mais grave. O caso aconteceu no dia 30 de setembro de 2014, quando ele deixava sua casa na companhia dos enteados de cinco e sete anos. Na oportunidade, ele levou um tiro no peito - outros dois disparos foram feitos, mas não atingiram o delegado.

"Eu não tive chance de defesa. Seria pior se eu tivesse reagido naquele momento, até porque teriam me matado à distância. Tentei negociar para que eu pudesse me defender, mas não tive (chance). Foi na hora que corri para pegar o carro e fui atingido. Eu não sei (se eles me reconheceram). Eu não sei se após pegarem a minha arma e perceberem que era uma .40... Lógico que iam saber que era da Polícia", relatou.

Canabrava contou que, ao chegar à sede do Greco para fazer o reconhecimento do suspeito, se deparou com outras três vítimas. "Após o atentado, o Greco foi designado para investigar o caso. Ontem o Carlos César (coordenador do Greco) me ligou dizendo que um deles estava preso e fui lá fazer o reconhecimento. Já tinha três vítimas prestando depoimento e fazendo o reconhecimento também".

"Ele (Kaíque) fez uma família toda de refém. Eles (Kaíque e comparsas) passaram uma hora e meia dentro da casa todos armados. Era um ex-oficial do Exército que não teve chance de defesa e que disse que era ameaçado de ter as mãos cortadas", detalhou sobre uma das supostas vítimas de Kaíque.

Flávio Meireles
Com informações da TV Cidade Verde
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