Preocupada com os 25 casos de coqueluche registrados em Teresina em 2015, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) intensifica as ações de combate À doença. No Notícia da Manhã desta quinta-feira (19), a gerente de Epidemiologia da FMS, Amparo Salmito, destacou a importância da vacinação e revelou que o foco da administração municipal são as gestantes.

"Nos últimos cinco ou seis anos, começaram a aumentar o número de casos de coqueluche no Piauí e no Brasil, principalmente nas crianças menores de dois meses. Em função da gravidade da doença e da possibilidade da mortalidade, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação na fase gestacional desde o ano passado", explicou Amparo Salmito.

A gerente de Epidemiologia da FMS também chamou atenção para o controle do cartão de vacinação. "Quando a pessoa não tem cartão da vacina, não se pode considerar como vacinado, porque a própria pessoa não tem certeza se vacinou. É uma vacina especial, fora do padrão, de grande qualidade. A gestante é o alvo principal para que possa dar proteção ao filho", assinalou.

Em 2015, foram notificados 25 casos de coqueluche na capital. Cerca de metade da incidência ocorreu em crianças menores de um ano de idade – especialmente abaixo dos dois meses, idade em que ela recebe a primeira dose da vacina pentavalente, que protege contra esta e outras doenças. A imunização é administrada em três doses, aos dois, quatro e seis meses.

Para realizar o controle da coqueluche em Teresina, a FMS promoveu capacitações sobre assistência, vigilância epidemiológica e imunização, bem como elaborou e distribuiu um informe epidemiológico e outros materiais de orientação para toda a rede de saúde pública e privada.
 
Além disso, todas as salas de vacina estão abastecidas e prontas para imunizar não apenas as crianças como também as gestantes, que recebem a vacina DTPa (contra coqueluche, difteria e tétano) a partir da 27ª semana de gestação.

Flávio Meireles
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