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Paciente é achado morto asfixiado no hospital Areolino de Abreu

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Atualizado e ampliada às 10h 

O aposentado Luís Nassário Nascimento Roque, 42 anos, foi assassinado no Hospital Psiquiátrico Areolino de Abreu, no bairro Primavera, zona Norte de Teresina, na madrugada de hoje(25). Ele estava internado e teria sido morto por asfixia. 

O suspeito de cometer o homicídio, identificado como Dilson Vieira de Brito, 37 anos, seria um detento do sistema prisional que estaria no mesmo quarto da vítima. Ele estava internado desde dezembro de 2013 por medida judicial.

O homicídio aconteceu às 2 horas e às 4h20 ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes. 

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e a família aguarda a liberação. 

Direção do hospital

O diretor do Hospital Areolino de Abreu, Ralph Webster, informou que a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde divulgará uma nota, já que o “caso é complexo”.

Ralph Webster adiantou apenas que o agressor é um paciente da justiça e está no hospital por liminar.

A capacidade do hospital é de 130 pacientes e cerca de 70 estão ocupados por detentos.

Foto: Carlos Lustosa/Cidadeverde.com

Nota do governo do Estado

O Governo do Estado do Piauí, diante dos fatos ocorridos, esclarece que o paciente José Dilson Vieira de Brito Filho, 37 anos, foi internado por medida judicial no Hospital Areolino de Abreu, por ordem do Dr. Antônio Reis de Jesus Nollêto, da 1ª Vara do Júri Popular de Teresina em 16 de dezembro de 2013, e recebeu alta médica em abril de 2014, portanto já não havendo, desde então, indicação médica de que o mesmo precisasse estar internado em hospital.

Desde o ano passado, o paciente ameaçava cometer algum ato de violência, inclusive cometer homicídio, tendo, no início de abril agredido um outro paciente. Diante desses fatos, por duas vezes, a direção do Hospital Areolino de Abreu comunicou e solicitou à transferência do mesmo. Os ofícios foram encaminhados em fevereiro e maio deste ano de 2015.

Na madrugada de hoje o paciente estrangulou e matou outro paciente portador de doença mental crônica, potencialmente indefeso. O mesmo foi levado a Central de Flagrantes, autuado por homicídio qualificado, mas acabou retornando ao hospital, onde encontra-se isolado para sua própria segurança e dos outros pacientes e profissionais.

A direção aguardava o mandato de desinternação hospitalar do paciente e solicitou hoje ao Exmo. Juiz a sua transferência imediata para a Unidade Prisional Valter Alencar.

Atualmente, o Hospital abriga 65 pacientes por ordem judicial, alguns vindos do próprio sistema prisional, vários de alta médica, aguardando trâmites jurídicos para deixarem a internação. A capacidade total do hospital é de 130 leitos para pacientes do Sistema Único de Saúde. Não tem estrutura de manicômio judiciário, não tem segurança carcerária e os problemas com pacientes em conflito com a lei vem sendo alertados há vários anos pela direção do hospital.

 

 

 

Flash de Carlos Lustosa 
Redação Caroline Oliveira
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