A Agespisa- responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgotos no Piauí- será substituída, ainda neste ano, pelo Instituto de Águas e Esgotos do Piauí. A mudança foi motivada pela crise na empresa que, para o mês de julho, por exemplo, tem previsão de receita de no máximo R$ 28 milhões, sendo que só a folha bruta de pagamento de pessoal consome em média R$ 16 milhões, além de despesas com energia, serviços terceirizados e insumos químicos usados na estação de tratamento. O déficit mensal é em média de R$ 7 milhões.

O presidente da Agespisa, Raimundo Trigo, reconhece que a atual situação financeira dificulta investimentos na oferta de água tratada e saneamento básico.

“Somando a terceirização de mão de obra com a folha de pagamento dos funcionários chega a cerca de 60% a 70% da arrecadação e sobra muito pouco para custear a energia elétrica, principal componente de custo, e produtos químicos”, disse Trigo. 

O governador Wellington Dias destaca que a parceria com a autarquia visa garantir que a Agespisa continue como um órgão público, assegurada com investimentos do setor privado.

“Com essa parceria podemos tratar dos problemas acumulados de dívidas e encargos sociais, entre outros, separadamente. Com isso, também vamos garantir que a empresa continue como um órgão público, assegurada através desta parceria com o setor privado, de forma desburocratizada, e que possa colocar capital de forma acelerada para garantir condições de água e esgotamento, começando pela capital”, disse o governador. 

 

Graciane Sousa
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