O policial do Rone, Celso Ricardo Gonçalves e Silva, 39 anos, envolvido em uma briga de trânsito que resultou na morte do empresário Carlos Augusto de Sousa Oliveira, no Parque Progresso, região do Grande Dirceu, na última sexta-feira (26), vai se apresentar nesta segunda (29), ao delegado Francisco Baretta, titular da Delegacia de Homicídios. 

O advogado do PM, Marcos Vinícius Brito Araújo, informou ao CidadeVerde.com que o tiro foi acidental e vai apresentar uma perícia que mostra que a arma envolvida no episódio apresentava problemas. “A perícia do Piauí já constatou que a pistola .40 modelo 24/7 possui cinco pontos de defeitos que oferecem risco ao policial e que, com qualquer movimento brusco, a arma dispara”, justificou.

Araújo contou que Celso já se apresentara à Corregedoria da PM e onde relatara sua versão: de que havia saído do serviço em seu veículo particular por volta das 20h30 em direção à sua residência no bairro Renascença e não percebeu que tinha batido na moto. A cerca de um quilômetro depois, conta o advogado, o motociclista seguiu seu cliente e começou a bater no vidro do carro e xingá-lo. 

“O policial contou que parou e desceu do carro. O rapaz informou que o retrovisor da moto tinha sido quebrado e passou a agredí-lo, entrando em luta corporal. O rapaz pegou a pistola do policial e esta disparou três vezes. Um dos tiros atingiu o policial na altura do abdome”, contou o advogado.

Celso fez exame no IML e foi ao hospital. “Ele está muito abalado, arrependido e preocupado. Alega que foi perseguido e que também chamou o Samu”, ameniza o advogado. 

O comandante da polícia militar, Carlos Augusto, informou que o policial foi afastado de suas funções e vai responder por inquérito civil e militar. “Ele já deu sua versão e a polícia vai agora apurar. Enquanto isso, ele fica afastado das funções de rua”, declarou, acrescentando que Celso tem dez anos nos quadros da PM sem qualquer registro que desabone o seu currículo. 

 

Flash de Yala Sena
Carlos Lustosa Filho
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