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Brasil cobiça segunda colocação em Pan que será ensaio para a Olimpíada

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Empurrado por um pesado investimento governamental, o esporte olímpico brasileiro pretende exibir nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que começam nesta terça-feira, a musculatura de um país que traçou como meta ficar entre os dez primeiros colocados na quantidade de medalhas da Olimpíada de 2016.

O COB, um dos poucos comitês olímpicos de países fortes do continente que de fato levam a sério o Pan, formou uma delegação com 600 atletas, a maior enviada ao exterior pelo país na história do evento. A mais numerosa a representar o Brasil foi aquela que participou do Pan do Rio, em 2007, com 660 componentes.

A meta alardeada pelo COB é ficar entre os três melhores no Pan, atrás dos Estados Unidos, que costumeiramente se situam em primeiro lugar mesmo sem participar com sua força máxima. O terceiro lugar no quadro de medalhas foi alcançado pelo Brasil em 2007 e mantido em 2011. O diretor executivo de esportes do COB, Marcus Vinícius Freire, diz que o Brasil pode até brigar pela segunda colocação com o Canadá. "A gente está focado em ser top 3, brigando pelo segundo lugar com o Canadá, que disputa em casa e é favorito", disse o dirigente.

O Brasil conseguiu a segunda colocação no quadro de medalhas uma única vez, quando a cidade de São Paulo recebeu o evento, em 1963. Nos Jogos Olímpicos de Londres, o Canadá, com apenas um ouro, ficou atrás, no quadro de medalhas, do Brasil, que somou três. Cuba, mesmo em decadência e sem intercâmbio, amealhou cinco. 

O Pan vai apresentar aos torcedores brasileiros atletas que alcançaram resultados importantes em modalidades nas quais o país não tem a menor tradição. Em Toronto vão competir atletas que são produto do investimento feito para o Brasil não fazer feio na Rio-2016. É o caso de Isaquias Queiroz, bronze no Mundial de canoagem, de Aline Silva, vice-campeã mundial na luta livre, e de Marcus Vinícius D'Almeida, prata na Copa do Mundo.

Para esses jovens talentos, o Pan, a despeito de seu nível técnico bastante inferior, servirá como um ensaio para a Olimpíada. Os atletas vão se acostumando a lidar com pressão e com um assédio de mídia inexistente em modalidades com escassa divulgação.

Em algumas modalidades o Brasil vai estar desfalcado de atletas importantes, que preferiram priorizar outras competições. Cesar Cielo decidiu poupar energias para o Mundial de Esportes Aquáticos de Kazan, que começa no próximo dia 17. Sarah Menezes, campeã olímpica no judô, em má fase, também resolveu ficar de fora, concentrando esforços para o Mundial do Cazaquistão, em agosto. Rodrigo Pessoa, alegando que sua principal montaria, Status, está lesionada, também abriu mão do evento.

Mas muitos atletas de ponta fizeram questão de ir a Toronto. O chamado "Mister Pan" Thiago Pereira, que ambiciona saltar para a primeira colocação entre os atletas que mais conquistaram medalhas de ouro na história do Pan, novamente vai nadar. No handebol, o Brasil, campeão mundial, vai jogar com suas principais atletas.

"O Pan de Toronto é importante, por ser mais uma etapa da preparação para os Jogos do Rio. Hoje, com a multiplicidade de eventos que temos, como Mundiais, Copas do Mundos e Ligas Mundiais, o Pan é um ponto importante desse percurso. Vamos enviar o maior número de atletas de alto nível possível sem prejudicar a preparação para outros eventos", diz Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.


Fonte: IG

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