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Átila Lira explica voto contra redução da maioridade e nega adesão ao governo

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Em entrevista no Jornal do Piauí desta segunda-feira (6), o deputado federal Átila Lira (PSB) justificou o voto contrário ao projeto de redução da maioridade penal. O parlamentar negou que tenha aderido a base do governo Dilma Rousseff (PT) e garante que votou por convicção. 

Fotos: Thiago Amaral/Cidade Verde

 

"Eu entendo a revolta geral da população. Esse caso de Castelo (do Piauí, estupro coletivo de quatro jovens cometido por quatro adolescentes) realmente chocou todo mundo. Mas desde o início que começou esse debate da maioridade penal eu procurei mostrar que essa questão de reduzir a maioridade não é a solução completa. E eu sempre defendi a ideia de se alterar o Estastuto da Criança e do Adolescente", explicou o deputado. 

Átila Lira explicou que seu partido já havia fechado questão sobre o assunto. "O pessoal misturou essa história de que a votação da maioridade penal era uma votação de interesse do governo", acrescentou. "Eu não sou da base do governo. Eu ajudo em uma série de matérias de interesse sobre isso."

O deputado afirmou que já há uma convergência para mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que o tornem mais rigoroso, com punições mais severas para crimes contra a vida. Mas lembrou que o problema da violência praticada por menores está relacionada a falta de ações do poder público. Átila Lira acredita que a proposta da Câmara, que reduz para 16 anos a punibilidade em caso de crimes hediondos, será reformada quando chegar ao Senado. 

Sobre sua situação com o governo, Átila Lira lembrou da demissão do irmão, Evaldo Lira, da superintendência do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). "Foi o Marcelo Castro que pediu para demitir e botar uma pessoa ligada a ele", declarou. 

Átila Lira afirmou que votou a favor dos ajustes fiscais porque não é "irresponsável de deixar esse país se desorganizar", e criticou os gastos exagerados do governo que estão sendo corrigidos. O deputado ainda afirmou que o PSB fechou questão para respeitar o mandato de Dilma Rousseff (PT) E disse que um processo de Impeatchment iria desorganizar o país como um todo. 

Fábio Lima
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