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No Piauí, mais de 400 abortos legais foram realizados em Teresina e no interior

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Dados da Secretaria Estadual de Saúde do Piauí apontam que 448 mulheres realizaram aborto legal no Piauí, na rede hospitalar do estado. Dos casos, 374 ocorreram em 2014 e 74 neste ano. No Brasil, a retirada do bebê só é permitida em casos de violência sexual ou quando a gravidez oferece risco à mãe ou à criança. 

A secretaria de Saúde, através da assessoria, explica que estes dados são referentes a abortos legais em hospitais por todo o estado e incluem casos de violência sexual ou em decorrência de algum problema de saúde, como fetos anencéfalos, que possuem má formação do cérebro.

Entre os casos em que é permitido o aborto, está o de uma garota de 12 anos que foi violentada em um casarão no caminho da escola. A vítima está grávida de dois meses e família luta para conseguir a realização do procedimento. 

Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, o último caso de abortamento legal por conta de estupro foi em 2011, e de 2012 pra cá não houve nenhum caso.

Já os dados do Samvvis (Serviço de Atenção à Mulher Vítima de Violência Sexual), que funciona em Teresina, Parnaíba, Picos, Floriano, Bom Jesus, São Raimundo Nonato e Corrente, apontam que, no ano passado, 456 mulheres vítimas de abusos sexuais no estado, sendo 237 em Teresina. Nos últimos dez anos houve aumento de 80% no íncide de violência sexual contra a mulher. 

O relatório elaborado pelo Samvvis aponta ainda que a maioria das vítimas tem entre 10 e 19 anos de idade; 78 são crianças de cinco a nove anos e 56  vítimas com até quatro anos de idade. O levantamento mostra que a maioria das agressões ocorrem na casa da vítima, do agressor ou em via pública, sendo que a maioria dos agressores tem Ensino Fundamental completo, são da cor parda e desconhecidos da vítima. Entre os agressores em potencial estão ainda vizinhos, conhecidos da família, tios e padrastros.

Entre os municípios piauienses com maiores índices estão Teresina, Altos, Água Branca, Barras, Campo Maior, José de Freitas e União. Em se tratando de bairros na capital, a maioria das vítimas residem no Promorar, Piçarreira, Angelim I, Mocambinho I e Dirceu II. 

Graciane Sousa
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