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Estudantes ocupam imóvel histórico há uma semana e criam espaço cultural

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Estudantes de diversos cursos da Universidade Federal do Piauí (Ufpi) ocupam há uma semana a casa localizada no número 1799, da rua Félix Pacheco. Com o objetivo de chamar atenção para a importância histórica do imóvel, os ocupantes têm realizado ações e concursos culturais e um prêmio simbólico já foi oferecido: R$ 5 milhões em patrimônio histórico preservado, valor estimado do imóvel.

Luan Rusvell, estudante de Arquitetura e Urbanismo da Ufpi, destaca que o imóvel tem uma importância histórica inestimável e tem localização privilegiada na região do Polo de Saúde, o que despertou o interesse de empresários da região. Segundo ele, a Prefeitura de Teresina tem sido conivente com a ação.

"Sabemos que o imóvel está no inventário da prefeitura, deveria ter sido preservado. Contudo, a demolição já foi iniciada. A casa foi construída em 1938 e possui características que estão se perdendo, porque a destruição é um fato", declarou. 

Telhas artesanais, ladrilhos hidráulicos e portas e janelas em madeira de lei são alguns dos objetos que compunham o imóvel e que, após o início da destruição, se perderam completamente ou estão em processo de deterioração. 

Os estudantes consideram a propriedade um "pulmão" na selva de concreto do Centro de Teresina. Isso porque o terreno possui medidas de 50m x 40m e a área construída ocupa somente um quarto do espaço. Todo o restante constitui-se basicamente de área verde com árvores centenárias. 

Luan destaca que a ocupação não configura apenas em uma situação de vigilância, mas sim de efetivação como ferramenta cultural e de preservação do patrimônio. No local já foram realizados saraus de poesia, oficinas de desenho e uma espécie de concurso de charges e cartoons relacionados à ocupação. A ação já recebeu um nome: Viva Madalena, em homenagem a Maria Madalena, ex-proprietária do imóvel e que faleceu em julho de 2014.

"O objetivo é fazer uma operação drástica e efetiva e buscar a responsabilização dos órgãos, como o Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional] e a prefeitura de Teresina, que devem zelar pela preservação", declarou.

Uma reunião entre os estudantes e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Piauí e representantes da prefeitura ocorreu na noite deste sábado (7), para buscar uma solução. No momento, nenhuma medida específica foi decidida. 

 

Maria Romero
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