Cidadeverde.com

Pai denuncia maternidade de Teresina por negligência e diz que vai à polícia

Imprimir

O enfermeiro Ricardo de Carvalho Freitas, de 33 anos, viu seu primeiro filho nascer na manhã de ontem (9) e, junto com isso, passou momentos de extrema revolta. Segundo ele, após sair da sala de cirurgia da maternidade Santa Fé, localizada na zona Norte de Teresina, sua esposa teve que esperar por mais de três horas no centro cirúrgico antes de ser transferida para um dos quartos. De acordo com a maternidade, o homem queria a prestação gratuita de um serviço especial da clínica não coberto por planos de saúde. 

Fotos: Ricardo Freitas.

"Nosso plano de saúde cobria a internação em um dos apartamentos do hospital, já estava tudo certo, inclusive o parto estava marcado para o próximo dia 15. Mas quando ela precisou passar pela cesariana, não tinha quarto disponível. Tentei resolver, acabei me exaltando e fui ameaçado", informou.

Segundo ele, a mulher precisou passar pela cirurgia às pressas por conta de uma crise hipertensiva. Após o procedimento, que encerrou ao meio dia, Ricardo conta que buscou se informar sobre a transferência da esposa, mas não foi atendido e diz que foi ameaçado.

"Eu posso até ter me exaltado, mas eu estava em um momento delicado, vendo minha mulher e meu filho na sala de cirurgia, mas não tendo para onde ir. Eu me ofereci para pagar a diferença caso precisasse ir para as suítes, mas nada foi feito", disse.

A assessoria de comunicação da clínica informou que foi necessária a intervenção do segurança da clínica, por conta do comportamento de Ricardo. A informação é de que o homem se exaltou, partiu para cima da secretária, fez ofensas verbais e por isso o segurança precisou contê-lo. A clínica informa que diversas pacientes testemunharam a situação, assim como o fato foi registrado pelas câmeras de segurança. 

A assessoria informou que um dos médicos obstetras também precisou conversar com o rapaz, para que ele pudesse se acalmar. 

Segundo Ricardo, a polícia foi acionada e que ele foi ameaçado pelo segurança do local. Somente após intervenção policial a sua esposa e seu filho foram transferidos para um apartamento que não estava devidamente limpo.

"Havia sacos de lixo, o quarto ainda estava sujo, não estavam preparados para oferecer aquele serviço. Não sei o que aconteceu, mas até a decoração que nós havíamos contratado teve de ser cancelada porque o profissional que contratamos não podia mais esperar", declarou.

Quanto aos sacos de lixo e panos, a informação da clínica é de que o material são toalhas disponibilizadas pela própria clínica para uso livre das pacientes e que o material não estava no chão, mas, segundo a clínica, foi colocado por Ricardo no momento do registro das imagens. Quanto à presença da zeladora, a informação é de que o pessoal de limpeza realiza o serviço de higienização duas vezes por dia. 

Ele disse ainda que procurou a ouvidoria do hospital, mas não teve resposta sobre o problema e nem recebeu qualquer retratação. Ricardo declarou que vai realizar registro de Boletim de Ocorrência devido à situação. 

A assessoria de comunicação informou que Ricardo queria que sua esposa fosse transferida obrigatoriamente para uma das suítes, serviço não coberto pelo plano de saúde, por ser oferecido de forma especial pela clínica, já que possui espaço maior. De acordo com a clínica, o local possui 398 apartamentos, que não estavam lotados, podendo receber a paciente.

A assessoria informou ainda que foi realizado Boletim de Ocorrência contra Ricardo por agressão contra funcionárias do local. 

 

Maria Romero
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais