Cidadeverde.com

Mesada com cartão pré-pago pode ajudar na educação financeira

Imprimir

Cresce o número de crianças e adolescentes utilizando uma versão digital do tradicional cofre do porquinho. O mercado vem ampliando as opções de cartões pré-pagos para que pais ou responsáveis possam dar — e, sobretudo, controlar — a mesada dos filhos. O uso do produto, contudo, divide as opiniões de especialistas.

A favor pesa o fato de ser uma ferramenta eficiente de educação financeira, oferecendo segurança, praticidade e monitoramento de gastos. O revés vem da combinação do cartão com personagens infantis, como a Turma da Mônica, e de jogos eletrônicos, como Angry Birds.

Para Myrian Lund, professora dos MBAs da FGV-Rio, o pré-pago é eficaz para ensinar a fazer escolhas e gerir recursos:

— A mesada é o primeiro passo da educação financeira. Aos 12 anos, a criança ganha mais autonomia. É preciso sentar com ela, entender as despesas regulares e fechar o valor que ela vai receber. É como se fosse um salário, sobre o qual ela vai aprender a fazer escolhas.

O cartão é alimentado com um depósito regular. Atingido o limite, deixa de funcionar, embora possa receber mais recursos, se necessário. É um primo do cartão de débito, que permite saque em caixas automáticos, compras pela web e uso internacional. É opção para viajar ou enviar recursos ao filho que mora em outra cidade. Há taxa de emissão e, dependendo do emissor, cobrança por serviços como saques.

O pulo do gato do “cartão mesada” está no sistema de controle de gastos. Pais e filhos têm acesso às operações efetuadas. Os dados chegam via SMS, internet ou aplicativos específicos para gerenciar o uso do dinheiro e criar metas para poupar.

Madeleine Soares, professora de ioga, optou pelo cartão pré-pago ao estabelecer a mesada do filho Georges, de 14 anos:

— Antes ele recebia dinheiro conforme as necessidades que surgiam. Sem quantia definida, ele e nós, os pais, perdemos a noção dos gastos. Percebemos que ele precisa aprender a lidar com um orçamento determinado.

Cerca de 40% dos jovens do Brasil, diz José Coronel, diretor sênior de pré-pago da Visa para a América Latina, recebem mesada, ou seja, há um grande mercado para o plástico.

Fonte: O Globo.

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais