Homenageado na 11ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática (Obmep), no Rio de Janeiro, o professor Antônio Cardoso do Amaral desembarcou em Teresina no início da tarde desta terça-feira (21) junto com nove alunos piauienses que participaram da competição. Ele é referência no ensino da matemática em todo o país e diz que os resultados indicam que o Piauí está no caminho certo.
Em Teresina, o professor comentou sobre a participação do Piauí na 11ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). "Considero que estamos no caminho certo. Não vejo o nosso trabalho como tendo um grande diferencial em relação ao de outras escolas do pais, mas nós tentamos trazer a matemática para a vida prática dos alunos", afirmou o professor Amaral.
O educador ressaltou ainda que a experiência positiva da Unidade Escolar Augustinho Brandão, localizada no município de Cocal dos Alves (a 262 Km de Teresina), tem sido levada para outra escolas do Estado.
"Até pouco tempo atrás, Capitão de Campos não tinha nenhuma representatividade nas Olimpíadas. Mas há algum tempo, educadores de lá foram até Cocal dos Alves para ver como funcionava nosso modelo de ensino e hoje temos uma aluna da cidade como uma das melhores do país na competição", explicou Antônio Amaral.
Fotos: Raoni Barbosa
Dos nove alunos que participaram da 11ª OBMEP, dois eram do município de Piripiri, um de Lagoa Alegre, três de Cocal dos Alves, um de Teresina, e duas alunas que foram representando o município de Capitão de Campos.
“A Obmep abriu portas para resolvermos outros problemas da escola pública, que compõe uma rede mais vulnerável. E para que esse trabalho continue, precisamos de apoio e sustentação política para que o esforço de pessoas comprometidas com a educação não sofra influências negativas”, alerta o professor.
Um dos medalhistas de ouro é Jean Carlos, 21 anos, ex-aluno da Unidade Escolar Agostinho Brandão, de Cocal dos Alves, agora cursa Matemática na Universidade Federal do Piauí.
“A Obmep e a minha escola abriram as portas do meu futuro. Hoje estou no curso que gosto e sou bolsista do Programa de Iniciação Científica”, relata Jean, que levou a medalha pela segunda vez.
Já o professor Werbety Ney, da Unidade Escola Paulo Ferraz, de Capitão de Campos, revela que em sua escola a Obmep fez mais que trazer medalhas e traçar futuros. “Tínhamos índices de evasão escolar e reprovação altíssimos que foram resolvidos com o projeto Geometria e a Obmep, hoje temos outra realidade”, completa.
Flash de Maria Romero
Redação de Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
[email protected]
