O poeta e historiador Demétrios Galvão lança nesta segunda-feira (27), a partir das 18h30, o seu quatro livro intitulado “Bifurcações” na Casa da Cultura, Centro de Teresina.

O livro já foi lançado na Balada Literária, em São Paulo, uma das mais importantes feiras do País, além de ser apresentado em várias praças literárias de vários Estados. A edição tem 40 poemas com temas ligados ao universo particular do poeta, a relação afetiva com seus gatos, animais especiais em sua vida, além de poemas que problematizam questões existenciais.

Demétrios, que teve seu livro editado pela  Patuá, de São Paulo, já vem labutando  com as letras há anos.  Ele também é autor dos livros “Cavalo de Tróia” (2001), “Fractais Semióticos” (FUNDAC/PI, 2005) e “Insólito” (Editora Corsário, 2011), Demétrios acredita que em “Bifurcações” sua produção se mostra de uma forma mais madura. 

“As imagens poéticas estão mais suaves. Estou mais preocupado com os afetos e os atravessamentos que a minha escrita pode causar nos leitores”, disse certa vez durante entrevista.

O autor também participou do coletivo poético academia onírica e foi um dos editores do blog poesia tarja preta (2010-2012) e é um dos editores da revista Acobrata.

Veja poemas do livro Bifurcações:

 

 Ecos de uma luz distante

herdei um feudo obsoleto e
seu testamento ruidoso.

– um cabedal ralo:
tratado de honra, lar efêmero...

uma terra fatiada
que se divorciou do matrimônio das águas
para o plantio de flor-de-pedra.

– recanto de voz metálica
que abriga assombros.

insônia perpétua que viaja sem descanso
ignorando as gerações em ritmo bárbaro.

– ecos de uma luz distante)))))))

por muito tempo
elaborei madrugadas em lábios rugosos
montei estandartes e
confeccionei máscaras para afogados.

o que herdei não se decifra
            – não há ganho –
se aposta diante do espelho.

Filme

Nesta segunda-feira também será exibido na Casa da Cultura o filme francês “O batedor de carteiras”.

O filme conta a história de Michael (Martin LaSalle) que passa os dias nas ruas de Paris refinando sua técnica de batedor de carteiras. Quando conhece Jeanne (Marika Green), cuja ocupação é cuidar da mãe doente, ele reavalia sua vida. "O Batedor de Carteiras", do francês Robert Bresson (1901-1999) é inspirado no romance “Crime e Castigo”, de Fiódor Dostoiévski (1821-1881). Em seus filmes minimalistas e radicais, adotou ideais filosóficos de pureza, cujo efeito na tela é uma estética que dispensa tudo que não seja essencial. 

Narrado com poucos movimentos de câmera e atores não profissionais, "O Batedor de Carteiras" é o exemplo máximo do método de Bresson. 

Entrada é franca e faz parte da  Mostra Cinema e Literatura III que segue toda segunda na Casa da Cultura. Informações: (86) 3215-7849.

 

Da Redação
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