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Advogado diz que empregada foi coagida a admitir caso com ex-prefeito de Lagoa do Sítio

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A defesa da empregada doméstica Noêmia Maria da Silva, 42 anos, contesta a validade do depoimento no qual ela admite ter tido um relacionamento com ex-prefeito de Lagoa do Sítio. Em entrevista ao Jornal do Piauí desta segunda-feira (27), o advogado Dimas Batista afirmou que sua cliente foi coagida a admitir que estava tendo um caso romântico com José de Arimatéas Rabelo, o Zé Simão, principal suspeito de assassinar a mulher, Gercineide Monteiro, em 10 de fevereiro deste ano.

Fotos: Wilson Filho/Cidade Verde

Na última sexta-feira (24), a TV Cidade Verde exibiu com exclusividade uma entrevista na qual Noêmia Silva nega ter tido qualquer envolvimento romântico com seu ex-patrão. De acordo com o advogado Dimas Batista, Noêmia foi coagida a assinar um depoimento que admitia o caso com o ex-prefeito da cidade.

"Perguntei para ela por que ela assinou e ela respondeu que estava sob muita pressão na hora e que um agente da polícia ficava batendo na mesa. Ela foi coagida a assinar", explicou o advogado.

O advogado afirmou ainda que o Ministério Público (MP) não tem evidências suficientes para acusar Noêmia Silva. "O que eu acho que está errado nesse processo é que a denúncia é muito vaga. Ela está sendo denunciada por coautoria e o que eu vou defender é a negativa de autoria em relação a homicídio", disse Dimas Batista.

Arma do crime
Na entrevista que concedeu à TV Cidade Verde, Noêmia alega que o patrão apenas pediu que ela guardasse um embrulho e ela não teve qualquer curiosidade de ver o que era. Tratava-se da arma do crime embrulhada em uma flanela. A vítima, Gercineide, foi morta com um tiro no ouvido enquanto dormia. 

O advogado de defesa revelou que seria impossível que Noêmia não tivesse percebido do que se tratava, quando pegou o embrulho, mas que isso não a torna coautora do crime. "O MP não traz nenhuma prova se ela era amante ou não do acusado e de que por isso ela teria tido algum envolvimento. Ela não nega que escondeu a arma, mas ela estava cumprindo uma ordem do patrão. Nos laudos diz que a morte da vítima foi às 1h e Dona Noêmia estava em casa, dormindo com o marido, nesse horário", alega Dimas Batista.

Lucas Marreiros (Especial para o Cidadeverde.com)
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