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Deputado chama postura de Cunha de palhaçada e atribui a ele fracasso da reforma política

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O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) chamou de palhaçada a postura do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB), de romper com o governo por causa da citação de seu nome na Operação Lava Jato. Para o parlamentar piauiense, que ainda não engoliu o boicote de Cunha ao seu relatório sobre a Reforma Política, o presidente da Casa está pensando que o povo brasileiro é bobo.

Luis Macedo / Câmara dos Deputados

“Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Ele pensa que o povo do Brasil é bobo? Ele não pode ser investigado? A Dilma está mandando? Ah, se ela tivesse esse poder. Se fosse assim, o ministro dela, o Mercadante, não estaria sendo investigado. Não tem sentido isso. É palhaçada”, afirmou ao Cidadeverde.com.

As críticas de Marcelo Castro a Cunha são ainda mais ferrenhas quando o assunto é a Reforma Política. Segundo o deputado piauiense, ex-relator da matéria na Casa, o Congresso perdeu uma grande oportunidade de mudar o sistema político do Brasil. E o culpado, segundo ele, é o presidente da Câmara.

“Foi um semestre muito produtivo e de interesse nacional, agora foi uma frustação muito grande para nós e a sociedade, a reforma politica. É uma das reformas mais necessárias e importantes do país. Eduardo Cunha, com suas decisões retrógadas e ultrapassadas, prejudicou o projeto. Ele é o grande responsável pelo fracasso da reforma politica. O país não pode conviver com essa situação. Fica difícil demais se levar o país com um sistema tão perturbado. Perdemos uma oportunidade de ouro para melhorar nossa situação politica”, analisou o deputado, que dá nota 3 na discussão da reforma politica pela Câmara.

Sobre o boicote ao seu relatório, Marcelo Castro diz que Eduardo Cunha agiu de maneira arbitrária. “Arbitrária e autoritária. Ele manipulava o presidente da comissão [Rodrigo Maia (DEM-RJ)], um pau mandado sem personalidade e que só fazia o que ele mandava. Aquilo foi para deixar vencer o prazo e não ter o relatório. O Eduardo fez uma proposta de reforma pífia, dissociada do interesse da necessidade do país. A reforma fracassou”, desabada o deputado.

Hérlon Moraes
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