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Equipe da TV entra no CEM e internos mantêm ameaças de morte aos jovens de Castelo

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  • IMG_2674.jpg Jovem diz ter fugido do CEM 4 vezes
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  • IMG_2670.jpg Camisa do último curso realizado no CEM. Em 2015, foi apenas um.
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  • IMG_2687.jpg Espaço é uma espécie de anfiteatro; ao fundo, o campo de futebol
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  • IMG_2682.jpg Consultório odontológico está aparelhado mas com o autoclave sem funcionamento
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  • IMG_2611.jpg Jovens costumam escrever seus nomes com números dos artigos nos quais foram condenados
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  • IMG_2640.jpg Padaria está parada por falta de manutenção em equipamentos
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  • IMG_2634.jpg Sistema de segurança tem quatro câmeras
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  • IMG_2616.jpg Ancelmo Portela
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Duas semanas após a morte do adolescente, Gleison Vieira da Silva, 17 anos, internos relataram nesta quinta-feira (30) os últimos diálogos que ouviram dos quatro jovens condenados por estupro de Castelo do Piauí. Os internos mantêm a decisão de impedir a entrada dos adolescentes no CEM (Centro Educacional Masculino), no bairro Itaperu, zona Norte de Teresina.

“Que eles fiquem lá mesmo. A nossa lei aqui não entra estupradores e nem ‘cabueta’ (delator na linguagem dos adolescentes infratores). Se voltarem terá rebelião e risco de vida”, disse um dos menores entrevistados.

No dia 16 de julho, Gleison foi espancado até a morte por companheiros de cela. Hoje, equipes da TV e do Cidadeverde.com entraram pela primeira vez no CEM, após a tragédia. 

A visita foi acompanhada pelo diretor da unidade de atendimento socioeducativo da Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania, Ancelmo Portela.

Os jovens do alojamento 3, vizinho onde ocorreu a morte de Gleison, relatam que no dia do crime não escutaram gritos, mas que já haviam ouvido conversas e desentendimentos entre os quatro. 

“Não deu para escutar (no dia), mas ouvimos eles brigando algumas vezes. Um dizendo que o outro tinha destruído sua vida e que tinham avisado a coordenação para mudar eles de lugar, mas não tinha como porque aqui não tem para onde (fazer a transferência)”, contou um interno, que acrescentou que a vítima teria admitido a inocência dos outros três e que os verdadeiros criminosos de Castelo estariam em liberdade.

A TV Cidade Verde teve acesso à ala “D” do centro onde ele foi espancado até a morte. A equipe conversou com outros internos que dizem temer o retorno do trio suspeito de assassinar o garoto, por conta de represálias e também mostrou a situação da unidade que possui novos gestores.
 
Atualmente o CEM possui 84 adolescentes, onde aproximadamente a metade é do interior do Piauí, divididos em 32 alojamentos em cinco alas. A capacidade é de 60 internos. O imóvel tem problemas hidráulicos e os jovens reclamam principalmente da falta de estrutura, atividades e cursos.

Na ala D, onde o crime aconteceu estão 15 rapazes. Segundo o diretor da unidade de atendimento socioeducativo da Sasc, Ancelmo Portela, o local é onde ficam os internos que cometeram atos infracionais mais graves ou com problemas de relacionamento com outros adolescentes.
Os internos da ala disseram ainda que delatores, assim como estupradores não são bem-vindos e temem pelas suas próprias vidas caso os três suspeitos retornem ao CEM. 

 

“Com eles aqui, nós também estávamos correndo risco de vida porque, se houvesse uma rebelião, os outros viriam para matar eles e nós também, porque temos muitos inimigos aqui. Aqui, cabuete não tem vez”, destacou.

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Carlos Lustosa Filho

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Tags: cemcastelo