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Saiba como prolongar os efeitos do desodorante e qual o mais indicado para você

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Quem não sua, que atire a primeira pedra. Não importa se o tempo está quente ou até frio, o desodorante é um item indispensável na vida de qualquer pessoa. Principalmente para quem sofre de bromidrose, problema que faz com que o suor tenha mau cheiro. "A causa é a atuação de bactérias presentes nestas regiões sobre o suor, provocando o odor característico, exalado por estas regiões do corpo após situações que provoquem a sudorese", explica a dermatologista Carolina Reato Marçon, médica colaboradora do Departamento de Dermatologia da Santa Casa de São Paulo.

O problema é que em algumas épocas do ano, o desodorante pode nem sempre ter ação o tempo todo. E aí, o que fazer? Confira nossas dicas para prolongar o efeito do produto e evitar o mau odor.

 


Desodorante X Antitranspirante

Antes de tudo é preciso diferenciar: desodorante é uma coisa, antitranspirante é outra. O primeiro, como o nome já diz retira o odor, e é indicado para os casos de bromidrose. "Por isso são compostos por antibacterianos que inibem o desenvolvimento de bactérias na região e um de seus principais ativos é o etanol, um tipo de álcool e o triclosan, um antisséptico", conta a dermatologista Valeria Campos, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Já o segundo apenas evita a transpiração, retendo o suor nas glândulas sudoríparas. Isso faz com que seus princípios ativos sejam diferentes. "O desodorante é menos agressivo que o antitranspirante, pois não contém alumínio em sua fórmula", considera a dermatologista Carolina Reato Marçon, médica colaboradora do Departamento de Dermatologia da Santa Casa de São Paulo. "As agências reguladoras exigem uma redução de até 20% da secreção de suor para os antitranspirantes comuns e de até 30% para os que prometem 'proteção extra'", completa a especialista.

Normalmente os produtos contêm as duas características, segurando o suor e reduzindo os odores causados pelas bactérias, mas pessoas que apenas transpiram muito, sem mau cheiro, podem muito bem usar apenas o antitranspirante, por exemplo. ?Se não for sair de casa, dê preferência aos desodorantes não antitranspirante, pois são mais baratos e menos passíveis de causar reações de hipersensibilidade e alergias?, ensina Valeria.


Use sabonete antisséptico

Mas não adianta usar apenas o desodorante e deixar ele lá, atuando sozinho, não é mesmo? Um grande aliado é o sabonete antisséptico, e vale apena investir em um desses para o banho nosso de cada dia, ainda mais se seu suor costuma ter um mau odor. "O ideal é lavar as axilas com sabonete antibacteriano para eliminar os micro-organismos causadores do mau cheiro, deixando a espuma atuar por alguns minutos, para matar os micro-organismos locais", explica a dermatologista Valeria.


Enxugue muito bem

Depois de lavar muito bem, demore-se também para enxugar. "Seque bem a pele após o banho, de modo que não fique nenhuma umidade, que favorece a proliferação bacteriana e diminui a penetração dos desodorantes", alerta Carolina Marçon. Só de depois de suas axilas estarem bem secas que você pode investir em uma boa dose do seu desodorante escolhido. 


Vista roupas leves e de algodão

Depois de tanto cuidado com a higiene, verifique também se suas roupas estão favorecendo nesse quesito também. Mais do que pensar se um tecido se dá bem com a sua pele, veja também se ele não acumula umidade. "Os tecidos sintéticos, como o elastano, poliéster e a elanca, retêm o suor e favorecem a proliferação e ação das bactérias", alerta Carolina. Evite roupas que apertam as axilas e não fique também repetindo roupas já usadas, já que elas podem conter bactérias que causem a bromidrose. E não pense que essas recomendações valem apenas para o verão. "No inverno a questão do suor diminui muito, mas quem tem muita tendência ao mau cheiro ou excesso de suor deve respeitar isso em qualquer época do ano", friza Valeria.


Escolha o desodorante certo para você

Além de diferenciar o antitranspirante do desodorante, vale a pena tomar cuidados específicos. Veja as vantagens e desvantagens de cada tipo:


Roll-on - Nunca deve ser compartilhado, pois sua aplicação é que mais acumula bactérias, por isso mesmo, só o use quando a pele estiver limpinha e passe um lenço umedecido antes de aplicar. De acordo com Carolina Marçon ele dura mais: "dura mais do que os outros, entre 8 e 12 horas, pois tem zircônio em sua fórmula, um ingrediente que superpotencializa a ação antitranspirante, pois forma uma película protetora nas axilas e é liberado de pouquinho em pouquinho ao longo do dia".

Aerossol ou spray - Esse tipo não é indicado para peles sensíveis, pois contém álcool, que causa irritação. Sua maior vantagem é a absorção rápida, que evita manchas nas roupas, além de poder ser compartilhado com maior facilidade. 

Cremes - São os menos agressivos, "geralmente contêm ativos emolientes ou suavizantes que hidratam", conta Valeria. Porém, são os que mais demoram para serem absorvidos pela pele, podendo manchar as roupas.

Duração 24 ou 48 horas - Esses normalmente são os antitranspirantes, e quanto mais tempo eles prometerem durar, mais alumínio terão em sua fórmula. "No entanto, tem o inconveniente de causar irritação da pele, manchas e danos aos tecidos. A concentração mais alta do produto destinado a durar mais tempo, aumenta a chance de efeitos colaterais", pondera Valeria. O excesso de desodorante antitranspirante pode causar entupimento, irritação e até inflamação no local. O alumínio em excesso, inclusive, pode estar relacionado a câncer de mama em mulheres, de acordo com alguns estudos, alerta a dermatologista Carolina. "Um indivíduo que costuma tomar dois banhos por dia não precisa exagerar tanto no antitranspirante, nem buscar aqueles produtos ultrapotentes com 24 ou 36 horas de duração", considera a especialista.

Com ou sem perfume? - Quem tem pele sensível deve evitar produtos perfumados, já que os produtos que causam seu cheiro podem causar irritações. No geral, deve-se tomar cuidado, pois eles podem escurecer a pele da axila, entre outros problemas. "Os desodorantes com perfume podem alterar o pH da axila, além de proporcionar infecção de fungos e bactérias", explica Carolina Marçon.

 

Fonte: Minha Vida

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