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Defensor diz que menores de Castelo são inocentes; TJ/PI julgará pedido

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A Defensoria Pública do Piauí pediu a absolvição dos três adolescentes sentenciados pelo estupro coletivo em Castelo do Piauí. O pedido foi formulado pelo defensor Gerson Henrique Sousa Silva, que defende os menores no processo. Ele alega a inocência dos jovens e atribui o crime a  Gleison Viera da Silva, 17 anos, assassinado no dia 16 de julho a socos e pontapés pelos companheiros de cela no Centro Educacional Masculino (CEM), e a  Adão José de Sousa, 40 anos, único adulto suspeito de participar da barbárie.

Foto: Thiago Amaral/Cidadeverde.com

O promotor Cezário Cavalcante contesta a apelação do defensor e afirma que todos participaram do crime, incluindo Adão. O Tribunal de Justiça vai apreciar o pedido de Defensoria Pública e decidir se derruba a sentença do juiz Leornardo Brasileiro, que condenou os jovens a 24 anos de internação, prazo bem maior que o estipulado no Estatudo da Criança e Adolescente (ECA). O juiz usou uma jurisprudência do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que prevê o acumulo da pena por cada crime cometido. No caso em questão, seriam oito: quatro estupros, três tentativas de homicídio e um homicídio.

"Entreguei hoje as minhas contra razões. Solicitei ao TJ que mantenha a decisão do juiz, pois existem provas periciais que aprovam que todos estão envolvidos nos crimes", afirma o promotor Cezário Cavalcante.

A Câmara Criminal do TJ é quem vai analisar se acata o pedido da Defensoria ou do Ministério Público. Em relação a Adão, ainda é aguardada que um defensor público assuma a sua defesa e apresente os autos.

Morte Gleison

Na tarde desta segunda-feira,  a delegada do Menor Infrator, Thais Paz, colheu o depoimento dos três menores suspeitos de matar Gleison há quase um mês no CEM. Segundo o promotor Mauricio Verdejo, até sexta-feira o caso deve ser enviado ao Ministério Público.

"Ela vai concluir o auto de apreensão e vai enviar ao Ministério Público. Até sexta-feira ela deve mandar. Como esses adolescentes já estão internados, eu disse para a delegada que o prazo não é tão importante. A gente não tem aquele prazo de 45 dias", afirmou.

Gleison foi morto na ala D do Centro Educacional Masculino (CEM), supostamente pelos três adolescentes acusados do estupro coletivo realizado em Castelo no mês de maio. Na barbárie, uma das quatro garotas vítimas morreu. Gleison teria sido agredido até a morte, porque teria delatado os outros à polícia. 

 

Yala Sena (Flash)
Hérlon Moraes (Da Redação)
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