O início do período letivo na rede pública do Estado tiveram início ontem (03), mas cerca de 300 alunos- que dependem do transporte escolar- não assistiram aula, porque não havia ônibus. Antônio Marcos, presidente da associação de moradores do Residencial Sigefredo Pacheco I e II, conta que os estudantes foram surpreendidos com a situação que se repetiu nesta terça-feira (04).

A suspensão do transporte escolar seria por falta de repasses à empresa contratada para a realização do serviço. O problema prejudica alunos de cerca de dez bairros, incluindo também Santa Bárbara, Árvores Verdes, Parque Mão Santa, Planalto Uruguai, Planalto Uruguai entres outros. 

O líder comunitário ressalta que a situação se repete todo o ano e que os pais têm que escolher qual filho vai para a escola. 

"Muitos pais têm dois ou três filhos e têm que fazer uma espécie de 'sorteio' para saber qual deles vai para a escola. A passagem está caríssima e muitos não tem condições de arcas com os gastos. Hoje, mais uma vez, os alunos foram pegos de surpresa e tiveram que voltar para a casa", disse Antônio Marcos. 

O presidente da Associação conta ainda que na região não existem escolas para atender a demanda e o colégio mais próximo fica a cerca de 7 km. Ele conta ainda que os ônibus foram recolhidos do terminal do Vale do Gavião, para não serem depredados. 

"Todo mundo está revoltado com o descaso. O Governo Federal repassa recursos para os estados e municípios e a Seduc não paga o que é de direito dos estudantes, que é garantir o transporte escolar", reitera. 

Seduc

A assessoria da Secretaria de Educação e Cultira do Estado (Seduc) informou que não foi comunicada sobre a suspensão do transporte escolar e que irá averiguar a situação. Caso comprovada alguma irregularidade, a Seduc poderá suspender o contrato com a empresa que atua no Vale do Gavião. A assessoria informa ainda que não há atraso no pagamento às empresas que fazem o transprote escolar em todo o Estado. 

Graciane Sousa
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