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Crime em Castelo: pai de garota diz que já sabia da versão que Gleison era único culpado

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O pai de uma das garotas vítimas de estupro em Castelo do Piauí revelou nesta terça-feira (4) que não é surpresa para a família a informação de que Gleison Vieira da Silva, 17 anos, seria o único que cometeu as atrocidades contra as adolescentes. 

Nesta terça-feira (4), a TV Cidade Verde divulgou documentos exclusivos que dão indícios de que Gleison agiu sozinho e que receberia R$ 2 mil para incriminar os outros três menores.

Os documentos obtidos pela TV são relatos de internos do CEM, que prestaram depoimento na Delegacia e teria ouvido de Gleison as declarações.  

"Ele era o pior de todos, era uma pessoa muito má. Acredito que a justiça já começou a ser feita...Não é surpresa para nós essa versão de Gleison ser culpado, já ouvimos essa história", disse o pai e não quis revelar mais detalhes.

Segundo ele - que pediu para não revelar seu nome - a filha relatou a forma como Gleison teria agido no dia do crime, com extrema crueldade.

"Minha filha foi estrangulada, foi levada para o alto do morro, perguntaram se ela sabia voar, atiraram pedras nela. É triste, mas chegamos a um ponto em que a gente comemora em ter acontecido o menos pior", lamentou.

Ele destacou que a filha sofreu uma fratura no crânio, mas a avaliação neurológica já descartou qualquer sequela em decorrência do trauma. Uma lesão no olho deixou marcas, mas não prejudicou a visão da adolescente.

Quanto à morte de Gleison, ele destacou que não comemora o fim da vida do rapaz, mas considera que a justiça de Deus teve início, porque a filha, assim como as outras vítimas, temiam reencontrar o adolescente morto. 

"Minha filha tinha muito medo de retornar para Castelo e encontrar ele por lá. Uma pessoa que comete um crime como esse, um estupro, ele ia voltar e querer fazer novamente, buscando satisfazer a lascívia dele. Um período de internação de três anos é um período irrisório, eles iam se encontrar novamente", declarou.

Sobre a não participação de nenhum dos outros condenados ou indicados como autores do crime, ele disse que confia na investigação policial.

"Eles não iam apontar pessoas que não tivessem alguma ligação, não posso dizer se um participou ou deixou de participar. Prefiro aguardar que a materialização do crime seja comprovada nas investigações", disse.

Ele lamentou a morte de Danielly Rodrigues, 16 anos, que morreu em decorrência das agressões, e disse que a filha se recupera bem. "Deus é bondoso. Infelizmente perdemos a Danielly, mas as meninas estão se recuperando. A minha filha prefere esquecer, deixar isso para lá", disse. 

 

Maria Romero
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