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Defensoria pede investigação de suposto acordo de Gleison em Castelo

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A Defensoria Pública do Piauí confirmou um pedido de investigação à Secretaria de Segurança Pública do suposto recebimento de R$ 2 mil por parte de Gleison Vieira da Silva para incriminar os outros três menores no estupro em Castelo. A defensora Aline Patrício revelou em entrevista ao Jornal do Piauí a existência de áudios de um dos menores suspeitos de envolvimento no crime, que já havia declarado essa versão em depoimento antes da morte de Gleison.

"Estivemos lá no dia seguinte a reportagem da TV Cidade Verde e hoje protocolamos a representação pedindo uma investigação. Encaminhamos a representação ao Secretário de Segurança Pública com áudios gravados e termos de declaração que corroboram essa tese. E ainda o depoimento de um dos adolescentes ainda antes do Gleison morrer, falando sobre essa versão", completou a defensora.

Com isto, a Defensora aproveitou para rebater a existência de qualquer manobra para inocentar indevidamente os três adolescentes envolvidos na tragédia em Castelo do Piauí. A defensora afirma que não existe oportunismo e desrespeito, já que segundo ela, não houve mudança no caso e desde o início a defesa trabalhava com a tese de inocência dos menores. 

"A gente ouviu que era oportunismo e desrespeito, mas desde o primeiro dia, quando eu e o Dr.Gerson ouvimos a primeira versão dos menores, que confirmamos que os depoimentos eram colidentes, por isso foram nomeados quatro defensores. O que comprova isso é que as alegações finais que defendem essa tese foram protocoladas antes do falecimento de Gleison", declarou Aline.

Aline Patrício acredita que o clamor popular possa ter acelerado o processo judicial e segundo ela, não há um conjunto probatório suficiente para condenar os menores. "O que a defensoria defende é o in dubio pro reo, onde existe um princípio que diz que se o conjunto probatório não for forte o suficiente pra provar a autoria delitiva o juiz tem que absolver", confirmou a defensora.

Aline Patrício garantiu ainda que os menores não serão postos em liberdade já que os três agora respondem pelo assassinato de Gleison. Como defensora também deste caso, Aline garantiu que irá tentar um atenuante à pena dos menores. "Vamos alegar a condenação de três inocentes e questionar porque o delator foi colocado junto com eles", concluiu.

 

Rayldo Pereira
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