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Associação entrega denúncia ao MP sobre obra de pista de atletismo da Uespi

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A Associacão Piauiense de Empresários de Obras Públicas (Apeop-PI) entregou uma denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) para que seja investigada a licitação da pista de atletismo da Universidade Estadual do Piauí. Segundo a denúncia, antes mesmo da abertura dos envelopes, já teria um vencedor certo. 

De acordo com o presidente da Associação, Arthur Feitosa Filho, uma das oito construtoras participantes é a única que atende a uma cláusula do edital 001/2015 - Fuespi que exige a realização de obra semelhante com certificação da Associacão Internacional das Federacaoes de Atletismo (IAAF). 

Em todo o Brasil, apenas cinco empresas já receberam certificações da IAAF para obras de pista de atletismo. O documento é como uma validação para competições internacionais e só e expedido após testes próprios da entidade máxima do esporte no mundo. "Os indícios foram levantados ainda na fase de organização dos documentos para inscrição no certame por uma das empresas que tentou impugnar o edital de forma administrativa, sem sucesso", explicou Arthur. 

Os envelopes com a documentação das empresas para habilitação no processo foram abertos há mais de dez dias e a licitação segue normalmente. "Não queremos atrapalhar ainda mais este projeto que se arrasta há décadas na UESPI, mas não foi dada outra opção aos empresários locais que conhecem a realidade do estado", lamenta o presidente da Apeop-PI. 

Uma outra suspeita levantada pelos empresários é a de majoração no preços de insumos básicos. Um exemplo é um material chamado de topsoil (adubo bovino) que aparece na planilha feita pelo departamento de Engenharia da Fuespi. O metro cúbico indicado pela organização do edital é de R$ 199,27. "Adubo bovino podemos produzir aqui no Piauí a um custo de até R$ 5O o metro cúbico. É quatro vezes menos que o levantado por eles" reforça Arthur Feitosa Filho. 

A obra da pista de atletismo da UESPI está orçada em apaixonadamente R$ 5 milhões de acordo com o edital. "Podemos, sem dúvida nenhuma, reduzir estes custos a algo próximo de R$ 2,5 milhões", conclui o presidente. 


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