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Sem advogado, julgamento de Correia Lima é adiado mais uma vez

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O julgamento do ex-coronel José Viriato Correia Lima, a respeito do caso do homicídio do cabo da Polícia Militar José Honório Barro Rodrigues, que ocorreu em 20 de junho de 1988, foi adiado mais uma vez. Esta é a segunda vez que o juri é adiado por falta de advogado de defesa. 

Foto: Graciane Sousa/ Cidadeverde.com

A sessão marcada para esta sexta-feira (28) será remarcada para setembro, novamente por causa da ausência do advogado Wendel Araújo de Oliveira.O juiz Antonio Noleto lamentou o ocorrido e informou que irá encaminhar o processo à Defensoria Pública. 

"Vamos marcar o novo julgamento para setembro e se o advogado não comparecer novamente, a defensoria pública fará a defesa. Não há comunicado do advogado sobre sua ausência. Vamos verificar se ele foi intimado ou se houve algum problema. Se ele tiver sido, vamos acionar a OAB. Isso (falta) já aconteceu mais de uma vez", pontuou o magistrado.

O promotor Márcio Giorgi Carcará Rocha considerou o fato uma "chicana processual". "O Ministério Público só tem a lamentar. Esperamos que este atraso seja pelo menor tempo possível. Segundo o artigo 165 do código processual, pedimos a multa máxima ao advogado que é de cem salários mínimos. Foi ocasionado um gasto desnecessário, perda de tempo dos jurados, um verdadeiro desrespeito ao povo piauiense", reclamou.

O ex-coronel Correia Lima falou sobre o caso. "Não é manobra. Não uso dessa estratégia. O advogado Marcio Mourão avisou que não tinha estudado o processo. Eu me apresentei. Sempre contribuí com a Justiça", assegurou. 

O ex-coronel disse ainda que quem assumiu sua defesa foi o advogado Wendel Oliveira. "Ele ligou para minha filha para dizer que não poderia vir porque iria para uma audiência no Maranhão", justificou. Correia Lima ainda negou ter participado da morte do cabo Honório. "Se eu não matei, não posso ser condenado. Quem matou foi Courinhas, adentrou a minha chácara, estava o ex-delegado Zé Wilson e meu irmão José Correia Braga. Não posso pagar pelo que não devo. Honório era da minha confiança. Quem vai pagar o pato foi quem comeu. No dia do julgamento vocês vão ouvir a verdadeira verdade. Ela fica no fundo do poço, mas uma hora aparece", profetizou.

Carlos Lustosa 
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