A crise financeira no Piauí afetou o Ministério Público Estadual. O procurador-geral do MPE, Cleandro Moura, anunciou que os planos de implantar sete novas promotorias está adiado. As promotorias foram inclusive promessa de campanha na disputa pelo cargo ocorrida em junho deste ano. 

“Por enquanto está adiado, a gente tem que fazer primeiro é o estudo do impacto da implantação dessas promotorias que recentemente foram sancionadas. A aprovação dessas promotorias não tem mais do que 15 dias. Então, vamos agora fazer o estudo de impacto pra ver a questão da implantação, porque não é só promotor, vem imobiliário, servidores”, explica o procurador.

Com mais de 55 promotorias vagas, Cleandro Moura reforça que o orçamento do MP é apertado e que já chega ao limite com gastos de pessoal, por exemplo.

“Nosso orçamento é apertado. Ultimamente se tem levado à mídia a necessidade de nomeação de novos promotores. Temos mais de 55 promotorias vagas. Infelizmente nosso orçamento, embora tenha evoluído um pouco, está no limite de gastos de pessoal. Então, além de orçamento pequeno, temos que ampliar a receita corrente liquida do estado”, afirmou, ressaltando que o MPE só pode usar 2% da Receita Corrente Líquida para nomear pessoal.

“Se essa receita não aumenta, não temos como nomear promotores”, enfatiza.

O procurador já enxerga dificuldades nas eleições municipais do ano que vem. Com tantas promotorias vagas, a solução, segundo ele, seria deslocar promotores da capital para atender o pleito.

“Com certeza vamos ter que nos desdobrar para resolver esses problemas. Uma das medidas será deslocar promotores da capital, vamos ter que deslocar. Paralelo a isso, vamos tentar nomear promotores e servidores”, finalizou, chamando atenção para a crise brasileira que, segundo ele, é gravíssima.

Na última segunda-feira (24), Cleandro Moura deu posse a mais dois promotores.

Hérlon Moraes
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