O vereador Antônio José Lira (DEM) usou a tribuna da Câmara de Teresina na sessão desta terça-feira (1º), para dar declarações fortes sobre um político, o qual não citou o nome em nenhum momento do discurso, mas o definiu como “penta gigolô”. Ao cidadeverde.com, o vereador confirmou que se trata do deputado federal Mainha (SDD). O vereador também o chamou de bandido, canalha e preguiçoso.
Antônio José Lira definiu Mainha como “gigolô da esposa, gigolô da Prefeitura de Itainópolís, gigolô do DEM, gigolô do partido (SDD) e agora gigolô do governo”. “Cheguei a dizer [no pronunciamento] que estou com pena de ter um representante no Piauí que acorda meio dia e tem esse comportamento perante a sociedade”, acrescentou.
Na tribuna, o vereador qualificou Mainha como um "canalha e bandido” e garantiu que ele deixou uma dívida de R$ 190 mil quando saiu da presidência do DEM. As informações foram confirmadas pelo próprio Antônio José Lira ao Cidadeverde.com.
“Ele quebrou o DEM, que agora já está recuperado. A dívida foi paga pelo diretório estadual depois que ele saqueou o partido. Ele é um gigolô, porque sempre viveu as custas do fundo partidário do DEM e quando viu que ia sair nem as contas do partido ele pagou. Agora o Fundo só vai receber verbas em agosto de 2016 e ele nem sequer prestou contas”, falou exaltado em tom de desabafo.
“Nem a senha partidária, que é a senha com a qual você pode filiar pessoas ao partido, nem esta o DEM tinha mais. O partido estava inativo quando ele saiu. Eu soube disso porque eu era presidente da comissão provisória da sigla”, acrescenta em tom de indignação.
Como uma forma de justificar as declarações, ele contou que na semana passada, logo após fazer um discurso em sessão na câmara em que declarou que a sigla passava por dificuldades financeiras e que o partido estava “quebrado”, foi procurado pelo advogado de Mainha. Segundo Lira, o advogado foi procurar o vereador para informar que havia solicitado a gravação do discurso à Câmara em que ele falava sobre o DEM, para que o deputado entrasse com uma ação contra o vereador.
“Eu não toquei nem no nome dele (Mainha), só falei das dificuldades do DEM e ele veio com essa história. Ninguém nunca calou a minha boca, nem vai calar, e muito menos é ele quem vai calar. Só Deus e o povo é que calam minha boca”, alegou ao mostrar-se inconformado por ter sido procurado pelo advogado do deputado.
Mainha reage e diz que vai processar vereador
O deputado federal Mainha reagiu às declarações do vereador Antonio José Lira na tarde desta terça-feira (1). O parlamentar estranhou o posicionamento do ex-colega de partido e anunciou que vai acioná-lo na justiça por calúnia e difamação.
"Comprometido com o meu papel à frente das missões que desempenhei até aqui na minha vida pública, estranho as palavras agressivas e caluniosas a mim dirigidas hoje em sessão plenária do executivo municipal teresinense. Diante do exposto na imprensa, torno pública a decisão de acionar a instância jurídica por calúnia e difamação já que as denúncias proferidas por um vereador de Teresina não tem sustentação", afirmou em nota.
O deputado disse que quando assumiu a presidência do DEM não mudou o quadro de funcionários, permanecendo o mesmo por toda a sua gestão.
"Cabe ainda esclarecer à população que ao assumir a presidência do DEM, já encontrei um quadro de funcionários que foi mantido até o final da minha gestão. Tempo em que também foram efetuados pagamentos de rotina para despesas próprias do partido, todas devidamente registradas em prestação de contas oficial", disse.
Mainha ainda condenou o nível do debate e pediu ao vereador que acione as instâncias legais para julgar sua administração no DEM.
"A mim interessa o debate dos assuntos públicos no nível que a população merece e entendo que se houver qualquer coisa que desabone a minha contribuição ao mencionado partido, que o faça o atual gestor através de instâncias competentes para avaliar e julgar os méritos. Sugiro inclusive que o mesmo busque o Ministério Público para tratar do tema e levantar o debate com argumentos sérios e verdadeiros", finalizou.
Lyza Freitas e Hérlon Moraes
[email protected]
