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Antônio José Lira reafirma críticas e diz não temer processo de Mainha

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Em entrevista no Jornal do Piauí desta quarta-feira (2), o vereador Antônio José Lira (DEM) reafirmou as críticas ao hoje deputado federal José Maia Filho, o Mainha (SD), por sua gestão a frente do Democratas. Sem citar o termo "penta gigolô", usado por ele ontem na Câmara Municipal de Teresina, o parlamentar disse não temer ser processado por conta das declarações e disse que a legislação eleitoral deveria tornar "ficha suja" gestores de partidos. 

Fotos: Thiago Amaral/Cidade Verde

Antônio José Lira explicou que Mainha teria enviado um advogado para gravar seu discurso na Câmara como tentativa de intimidá-lo. Segundo o vereador, seu comentário teve como objetivo criticar a reforma política por não criar mecanismos para punir gestores de partidos que deixam a sigla no vermelho antes de trocarem de legenda. 

"Tem que ter alguma punição junto a Justiça Eleitoral para impedir inclusive de fazer outras gestões drásticas em alguns partidos", defendeu o vereador. 

Ontem, em nota divulgada para a imprensa, Mainha informou: "diante do exposto na imprensa, torno público a  decisão de acionar a instância jurídica por calúnia e difamação já que as denúncias proferidas por um vereador de Teresina não tem sustentação."

 

 

Lira afirmou que Mainha, com isso, quer esconder o problema. "Ele tá querendo ser vítima. Tá querendo pegar uma administração fajuta que ele fez e jogar a podeira pra debaixo do tapete", disse o vereador. "Ele tá querendo levar pro lado pessoal. Não existe lado pessoal. Ninguém cala a voz do vereador Antônio José Lira, a não ser Deus e o povo que me elegeu."

O vereador manteve o tom elevado ao longo da entrevista. Disse que a administração de Mainha foi um "câncer" que deixou dívidas para a sigla. Usando linguagem popular, o democrata disse que não poderia ficar calado e ver o partido ficar "só o bocal com os caburé cantando dentro (sic)". 

Quando questionado sobre o que seria "gigolô de partido", uma das cinco classificações feitas ontem na Câmara, Antônio José Lira respondeu. "Quando a pessoa tem um mandato e não fala o que quer, o que é isso? É porque tá amarrado." O vereador ainda acusou Mainha de fazer uma pesquisa com intenções de voto com seu nome pelo DEM mesmo sabendo que já iria para o Solidariedade. "Isso é má fé", bradou. 

Antônio José Lira negou ter atacado a família do deputado. "Eu critiquei a gestão dele. A gestão dele no DEM foi fraca, preguiçosa, cheia de irregularidades e acima de tudo uma gestão nociva ao Democratas", disse o vereador, reafirmando que não ficará calado. "Ele quer ser vítima, com aquela cara de coitadinho pro povo ter pena e tentar desqualificar o mandato que tem como bandeira a liberdade. (...) Quer processar? Processa. Tenho medo de processo, não."

Mainha se defende
Ainda ontem, em nota divulgada para a imprensa, Mainha se defendeu das acusações de má gestão no DEM.

"Cabe ainda esclarecer à população que ao assumir a presidência do DEM, já encontrei um quadro de funcionários que foi mantido até o final da minha gestão. Tempo em que também foram efetuados pagamentos de rotina para despesas próprias do partido, todas devidamente registradas em prestação de contas oficial.

A mim interessa o debate dos assuntos públicos no nível que a população merece e entendo que se houver qualquer coisa que desabone a minha contribuição ao mencionado partido, que o faça o atual gestor através de instâncias competentes para avaliar e julgar os méritos. Sugiro inclusive que o mesmo busque o Ministério Público para tratar do tema e levantar o debate com argumentos sérios e verdadeiros."

Fábio Lima
[email protected]

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