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Polícia investiga empresários do Piauí após prisões e apreensões de 11 carros de luxos

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Atualizada às 17h09

A Polícia Civil divulgou o nome dos suspeitos de envolvimento no esquema fraudelento de compra de carros de luxo. Os presos foram identificados como Janayna Antônia, Kallyandro Araújo da Silva, Augusto César Melo Machado. De acordo com o delegado Matheus Zanatta, as investigações apontam que a atuação do suposto grupo criminoso ocorria em Teresina-PI e também em São Luís-MA. O prejuízo já ultrapassa R$ 2 milhões. 

O suspeito de comandar o esquema foi identificado pela Polícia Civil apenas como Roberto e ainda está foragido. Zanatta conta que o investigado seria o responsável em ir diretamente à concessionária e realizar a transação para a compra do veículo. Para aplicar o golpe, ele se apresentava com profissões diferentes. 

"Ele se apresentava como funcionário público federal, advogado, consultor, representante de carros, entre outras profissões, além de usar quatro registros de identidade e quatro CPFs. Era um golpe muito bem aplicado. Eles usavam CPFs que estavam ativos e regulares. O problema é que nesses CPFs eram utilizados documentos de identidade de outras pessoas. As investigações não acabaram”, informou Zanatta.  

O preso identificado como Augusto César era funcionário da concessionária e ganhava até R$ 2 mil por cada veículo repassado para o líder da quadrilha. O delegado explica que os compradores eram um advogado, dois autônomos e o restante empresários. Alguns compravam o veículo abaixo do preço comercializado no mercado e podem responder por receptação

"Os veículos de luxo variam de R$ 150 mil a R$ 200 mil, um deles com edição limitada, único modelo no Piauí, eram revendidos bem abaixo do valor de mercado. Tem caso de um empresário que comprou o carro por R$ 50 mil e depois revendeu a outro empresário por R$ 140 mil. Ele pode ser enquadrado por receptação dolosa, mas o segundo adquiriu o veículo pelo valor de mercado e, portanto, comprou de boa fé e acabou enganado", reitera Matheus Zanatta.

Até o momento, onze veículos foram apreendidos. Dos suspeitos, apenas o funcionário da concessionária repassou detalhes do suposto esquema fraudulento. 

"A mulher é esposa do Roberto e apenas defende o marido. Ela também participaria ativamente do golpe, adquiriu um carro com documentos falsos e ela mesma foi pegar na concessionária. O Kallyandro Araújo- conhecido como Caca- não fala muito, mas sabemos que ele seria responsável por repassar os carros a amigos ricos", reitera. 

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica e associação criminosa. De acordo com a Polícia Civil, mais prisões e apreensões devem ocorrer até o fim desta terça-feira (15).

 

Graciane Sousa
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