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Juiz ouve 10 pessoas entre internos, PMs e educadores do CEM sobre morte de Gleison Vieira

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Atualizada às 14h48

O juiz Antônio Lopes deixou o Complexo de Defesa da Cidadania por volta de 14h30 desta quinta-feira (17) e afirmou que o julgamento de três adolescentes acusados de matar Gleison Vieira de Sousa deverá acontecer na próxima segunda-feira (21). Segundo o magistrado, o resultado que sairia hoje foi adiado porque duas testemunhas ainda serão ouvidas. 

"A Defensoria Pública solicitou a presença de mais duas pessoas no julgamento porque elas já estavam arroladas no processo, mas não compareceram hoje. Dessa forma deverão ser conduzidas na próxima semana para que o julgamento aconteça. Se não houver mais apelações o resultado sai na própria segunda-feira", declarou.

O juiz destacou que sua decisão não tem qualquer ligação com o crime ocorrido em Castelo do Piauí em 27 de maio de 2015, no qual quatro adolescentes teriam participado do estupro coletivo de quatro jovens. A sentença que será dada por ele diz respeito apenas ao assassinato do adolescente, morto dentro do Centro Educacional Masculino, em Teresina por outros três colegas supostamente envolvidos na barbárie anterior. 

De acordo com o juiz, todas as testemunhas ouvidas hoje apresentaram versões convergentes quanto a forma como o crime ocorreu. Entre as pessoas ouvidas estão três adolescentes que estavam na cela vizinha àquela onde Gleison morreu, além de educadores do CEM, policiais militares e o capitão Ancelmo Portela, que era o comandante do policiamento das unidades educacionais. 

Atualizada às 14h30
No início da tarde, familiares dos jovens acusados do assassinato de Gleison Vieira da Silva deixaram a audiência sem falar com a imprensa. Minutos mais tarde, foram os três adolescentes que foram embora do Complexo de Defesa da Cidadania. Acusados do estupro coletivo em Castelo do Piauí, eles também são os suspeitos de matarem um dos comparsas no crime. 

Atualizada às 11h

O juiz Antônio Lopes, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, está ouvindo neste momento os três adolescentes que são suspeitos do assassinato de Gleison Vieira da Silva, 17 anos, numa cela do Centro de Educação Masculino (CEM), no dia 16 de julho. A vítima e os três suspeitos estavam internados no Centro para cumprirem medida socioeducativa por estupro coletivo em Castelo do Piauí. 

Wilson Filho/Cidadeverde.com

Os três que estão internados no Complexo da Cidadania foram levados para a Vara. A justiça também ouvirá os policiais e os educadores do CEM que estavam de plantão. O promotor da 2ª Vara, Maurício Verdejo, e um defensor público acompanham a audiência. 

O diretor da unidade de atendimento socioeducativo da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc), Anselmo Portela, também está no Complexo para ser ouvido pelo juiz. 

No total, dez pessoas, entre menores, policiais, educadores e funcionários da Sasc vão prestar esclarecimentos sobre a morte do Gleison. Anselmo informou que os três adolescentes, que confessaram o crime, já foram ouvidos, acompanhado dos pais, e agora assistem o depoimento dos três policiais, de dois educadores e funcionários que estavam de plantão. 

Três internos que estavam no alojamento ao lado da ala, em que morreu o Gleison, também serão ouvidos. 

O Anselmo foi o primeiro que entrou na cena crime, após a morte do adolescente. “O cenário que me deparei foi o Gleison fora da cela com hematomas no rosto e já morto. Os adolescentes já estavam em cela separadas e confirmaram que foram eles que praticaram o crime, usando socos e pontapés”, relatou. 


Flash de Yala Sena e Maria Romero
Redação Caroline Oliveira
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