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Adolescente condenado por estupro em Castelo do Piauí tentou suicídio

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A defensora Allyne Patrício, responsável pela defesa dos três menores condenados por estupro em Castelo do Piauí e pelo homicídio de Gleison Vieira, 17 anos, informou que o adolescente de iniciais I.V.I., de 15 anos, teria tentado suicídio no último dia 16. Ele estava no Centro de Internação Provisória (Ceip) e disse se sentir muito envergonhado pela condenação por estupro.

"Eu conversei muito com ele, depois de tudo, disse que nós vamos tentar de tudo para tentar reverter essa situação e pedi a ele que ficasse tranquilo, não tentasse contra a própria vida. O que ele disse é que está sendo um peso muito grande para ele e a para a família e que a condenação por estupro está fazendo os familiares dele passarem muita vergonha", disse a defensora. 

Ela disse ainda que o fato foi um dos argumentos utilizados, pela defesa, no julgamento sobre a morte de Gleison. O impacto da condenação - que os três garotos afirmam ter sido injusta - seria um motivo forte para que eles acabassem matando Gleison.

"Foi um dos argumentos que a gente utilizou, porque o fato de ele ser condenado por aquele estupro, que foi um dos casos de maior repercussão no estado, fez com que ele quisesse atentar contra a própria vida, então o fato de eles terem sido colocados em uma cela em que só havia capacidade para duas pessoas e foram colocados os quatro, justamente com a pessoa que eles acusam de terem delatado injustamente a participação deles, achamos que foi tudo isso que ensejou esse homicídio", declarou Allyne. 

Ela declarou que o juiz Antônio Lopes, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, teria declarado durante o julgamento dos três adolescentes, na manhã desta segunda-feira (21), acreditar que os jovens são inocentes no caso do estupro de quatro garotas em Castelo do Piauí, ocorrido em 27 de maio deste ano. O juiz, contudo, disse que preferia não comentar a decisão de outro magistrado. 

A defensora destacou, apesar da argumentação, que preferiu não recorrer da decisão do juiz quanto ao homicídio de Gleison porque os garotos foram réus confessos e já há uma apelação da defesa, sendo analisada pelo Tribunal de Justiça, quanto ao crime de estupro. 

"Vamos no momento aguardar uma nova decisão judicial, porque desde o início eles são firmes em negar a autoria, nenhuma das adolescentes os reconhece no local do crime e não há material genético dos jovens, apenas de Gleison. Fora a análise da participação de um Policial Militar no caso, que teria pago o Gleison para cometer os crimes, o que também está sendo investigado", disse a defensora. 

Os garotos foram condenados pela morte de Gleison, que foi assassinado em 16 de julho deste ano, dentro de um dos alojamentos do Centro Educacional Masculino (CEM). Os adolescentes afirmam que nao participaram do crime de estupro e que resultou na morte de uma das vítimas. 

Os adolescentes permanecerão no Complexo da Cidadania até que o CEM tenha capacidade para recebê-los. No momento o local é alvo de ações do Ministério Público para que melhore sua estrutura, avaliada como precária também pelo juiz Antônio Lopes. Em sua decisão, ele determinou que os jovens não fossem levados para o Centro. 

 

Maria Romero
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