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Correia Lima e mais dois vão a júri popular por morte de engenheiro

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Atualizada às 13h50

Por volta de 13h desta quinta-feira (24), o juiz Fabrício Paulo Novaes fez um intervado no julgamento para o almoço. Pela manhã, foram ouvidas três testemunhas pela defesa e mais cinco pela acusação.

A defesa de Ana Zélia Correia Lima Castelo Branco, feita pelo advogado Jurandir Porto, avaliou como "podre" o processo que aponta sua cliente como mandante da morte do próprio marido, o engenheiro José Ferreira Castelo Branco, em 1999. 

"Ela jamais mandou matar o próprio marido, não existe nenhuma prova nesse sentido. A prova é produzida em audiência que garanta a ampla defesa, que não existe. O que pesa contra ela é muita mentira, produzida nos porões das delegacias de polícia. Esse é um processo podre", declarou.

A acusação, feita pelo promotor de Justiça Régis Marinho, alega que Ana Zélia tinha ciúmes do marido e sabia do desejo do engenheiro de divorciar-se dela. Dessa forma, encomendou sua morte. 

"Ela não queria a separação, tinha um ciúme exacerbado, um egoísmo possessório. O marido, que já não aguentava, já havia procurado um escritório de advocacia para dar início à separação. O delito então aconteceu. Nesses casos passionais, o delinquente passional prefere suprimir o objeto de seu suposto amor, a perdê-lo", declarou o promotor. 

Ana Zélia teria contatado o ex-coronel José Viriato Correia Lima e, pela execução, teria pago R$ 70 mil. O dinheiro teria sido entregue em duas partes, sendo a primeira de R$ 20 mil e a segunda de R$ 50 mil. Este segundo montante teria sido entregue pelo advogado Herbert Oliveira, que hoje defende o ex-coronel e o soldado acusado de ser o executor da vítima, o policial militar da reserva Francisco Moreira do Nascimento.

Também compondo a defesa, o irmão de Herbet, Wendel Oliveira, nega a acusação e diz que a defesa está fragilizada por ser o seu cliente um homem "já condenado pela opinião pública". 

"Hoje eu e Herbert defendemos Correia Lima simplesmente por questão moral. Porque além de tudo, há o dever moral de sensibilizar para essas questões. Essas acusações são um absurdo, é a maior monstruosidade e é lamentável ouvir o MP fazer esse tipo de acusações", disse.

Ele completou: "Infelizmente estamos fragilizados, por isso tememos por esse julgamento pelo tribunal popular do júri, porque ele já é um homem condenado pela opinião pública. A figura dele já está condenada", declarou. 

 

Matéria original

O ex-coronel José Viriato Correia Lima, o policial militar da reserva, Francisco Moreira do Nascimento e a professora aposentada Ana Zélia Correia Lima Castelo Branco vão a júri popular nesta quinta-feira (24). Os réus são suspeitos de participação na morte do engenheiro José Ferreira Castelo Branco, conhecido como Castelinho, no ano de 1999. A mulher era esposa da vítima e apontada com o coronel como mandantes e autores intelectuais do assassinato. O outro teria sido o executor. 

O Tribunal do Júri é formado por sete pessoas e a sessão teve início por volta das 9h. Francisco Moreira é acusado de disparar três tiros pelas costas em Castelinho quando este fazia caminhada na rua Sabba Said, zona Leste de Teresina, às 5h30 da manhã.

"A promotoria vai requerer a condenação dos acusados por entender que há nos autos provas convincentes e cabais de que Ana Zélia é a mandante desse crime de homicídio, o ex-coronel Correia Lima foi o agenciador e o pistoleiro Moreira foi o executador material deste bárbaro crime", disse o promotor de Justiça, Regis Marinho. 

A sessão- que deveria ser presidida pelo juiz Francisco de Jesus Noleto- será comandada pelo magistrado Fabrício Paulo Novaes, Juiz de Direito da 1ª Vara de São Raimundo Nonato. "Por motivos de foro íntimo, o dr. Noleto se afastou da condução desse processo", explica Marinho. 

A expectativa é que os três sejam julgados conjuntamente ainda hoje contudo, de acordo com o promotor, é possívelo que somente Ana Zélia seja julgada nesta quinta-feira (24).

"O julgamento é dos três em conjunto, porque o processo na fase inicial não foi separado. O advogado do Correia Lima e do soldado Moreira é também uma das testemunhas do caso, o que pode comprometer a decisão. Desta forma, o julgamento dele pode ser adiado, mas é algo que ainda será decidido", reitera. 

O promotor disse ainda que vai pedir a condenação máxima dos réus. "Os crimes são de homicídio qualificado, por motivo torpe - porque foi mediante paga ou promessa de recompensa - e também qualificado pela utilização de recursos que tornou impossível a defesa da vítima. Por ser homicídio qualificado vamos pedir penas máximas que variam de 12 a 30 anos", acrescenta.

O julgamento começou com a instrução plenária, em seguida haverá debates orais. Cada parte terá quatro horas e meia para apresentação das teses.

 

Flash Maria Romero
Redação Graciane Sousa
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