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Correia Lima vai a julgamento no dia 1º, mas pode ser solto em 2018

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O ex-coronel José Viriato Correia Lima vai a julgamento pela morte do policial militar Honório Rodrigues no próximo dia 1º. Ele será julgado por um júri popular em Teresina. Mesmo assim, o ex-militar poderá estar livre em três anos, segundo informou seu advogado Wendel Oliveira. 

De acordo com o decreto do indulto de Natal assinado em 2012 pela presidente Dilma Rousseff, tiveram liberdade integral garantida os presos que cumpriram penas por mais de 20 anos, ininterruptos, e não cometeram faltas graves nos últimos 12 meses do regime fechado, dentre outros requisitos.

O advogado citou o decreto e destacou que, preso desde 1999, o ex-coronel ficaria preso até 2019, mas que devido ao bom comportamento na cadeia, cumprirá 18 anos 6 meses e 17 dias, podendo ter sua liberdade garantida em 2018. 

"Independente de quantas condenações tenha, o ex-coronel não terá condições de passar mais de 20 anos ininterruptos, porque existe o 'indulto do Cabo Bruno'. Mesmo se condenado por esses outros fatos, independente de se for condenado a 600 anos, ele sairia em 2019. Mas ele tem, com as remissões, uma somatória de 18 anos 6 meses e 17 dias. Creio que saia em 2018, independente dos julgamentos ainda pendentes. Ele sairá livre, terá um livramento completo", informou. 

O decreto também é conhecido como indulto do Cabo Bruno por ter concedido a liberdade ao policial militar paulista Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, de 53 anos, que ganhou direito à liberdade após 27 anos atrás das grades. Ele foi acusado de ser um dos principais justiceiros de São Paulo nos 1980 e foi condenado a 117 anos de prisão. 

O ex-coronel foi condenado na última sexta-feira (25) a 25 anos de prisão pela morte do engenheiro José Ferreira Castelo Branco, o Castelinho, no ano de 1999, em Teresina. O advogado informou que já entrou com recurso para que a condenação seja revista. Ele destacou que embora soberana, a decisão do tribunal do júri pode ser revista em caso de provas insuficientes

"A decisão é soberana mas é passível de mutação no caso de nulidade, sendo a decisão contraria à prova dos autos e é sim contrária, tanto que foi uma decisão apertada, por quatro a três. E até mesmo uma das qualificadoras foi afastada em relação à professora. Ana Zélia [Correia Lima Castelo Branco] que foi muito injustiçada, ainda saiu de lá condenada", disse.  

O advogado disse ainda que Correia Lima estará em regime semiaberto no próximo mês e que apresenta sinais de insanidade mental, não compreendendo completamente a pena aplicada pelos jurados. 

"Ele não está mais em absoluta sã consciência, ele tá um pouco aloucado, abatido psicologicamente a ponto de não entender a realidade do que é uma condenação dessas. Eu falei com ele e ele pergunmtou 'Eu vou ter meu semiaberto?'.  Eu vou avaliar essa querstão de saude dele, não sei se seria a ponto de estar comprometida toda a sanidade mental, mas ele está com problema sim de saúde, absolutamente, percebe-se. Não é crível que a pessoa receba uma condenação de 25 anos e não compreenda que aquilo agrava a situação", declarou.  

Os outros réus, que foram julgados conjuntamente, foram condenado a 23 anos e 7 anos e seis meses. O primeiro é o policial militar da reserva Francisco Moreira Nascimento e a professora Ana Zélia. Ela seria a mandante do crime, tendo encomendado a morte do marido, por ciúmes, ao ex-coronel. Ele então teria designado o soldado para executar Castelinho. Os três foram julgados e condenados hoje, 16 anos após o crime. 

Condenações

Correia Lima já foi condenado por quatro homicídios, dentre outros crimes, que juntos somam 127 anos de prisão. 

Novos julgamentos

No próximo dia 1º, o ex-coronel será julgado pela morte do cabo Honório Rodrigues, morto com um tiro de escopeta na cabeça no ano de 1988. O corpo do militar foi encontrado em um sítio em Teresina. Correia Lima também vai ser julgado pelo júri popular. 

Correia Lima ainda será julgado pela morte de Claudemir Antônio França, o Mauro Gaúcho, ocorrida em 11 de junho de 1998 na zona rural do município de Redenção do Gurgueia, localizado a 691 km ao sul de Teresina. A vítima foi morta com um tiro de escopeta calibre 12 e teve o corpo carbonizado numa fogueira de pneus. Gaúcho teria sido assassinado pelo desviado uma carga roubada do grupo.

 

Maria Romero
[email protected] 

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