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Serra das Confusões: falta de água prejudica combate a incêndio

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Um incêndio consome o perímetro do Parque Nacional Serra das Confusões há pelo menos um mês. A unidade de conservação abrange 12 cidades da região sudoeste do Piauí. 

“A gente está combatendo este incêndio desde o final do mês passado. Não são incêndios pontuais, na verdade são incêndios que comprometem toda a região do parque em sua área perimetral”, afirma José Paes Landim, coordenador do Parque Serra das Confusões.

Apesar de estar controlado, os brigadistas lutam para extinguir por completo o fogo. Vinte e oito brigadistas foram contratados pelo Instituto Chico Mendes. 

 “A gente está trabalhando na sua extinção, alguns incêndios são muito distantes da sede como em Alvorada do Gurgueia, Redenção do Gurgueia e Tamboril do Piauí. Esses focos continuam ativos, porém, controlados. Temos 28 brigadistas contratados pelo ICMBIO, mas um punhado de voluntários de ex-brigadistas”, conta o coordenador.

Segundo ele, até a semana passada eram 70 homens em campo atuando contra o incêndio. A preocupação agora é com a recuperação do bioma Caatinga. “A Caatinga é um bioma inacessível, mas a preocupação nossa é em relação a sua regeneração”, conta.

O coordenador diz que Brasília sugeriu o combate às chamas por meio aéreo, mas a dificuldade em encontrar água é o grande problema. “Vimos que não tinha sentido por conta do problema de água. Água aqui é a 150km distância.  É totalmente inviável”, afirma.

Com uma área de 823 837 hectares, a Serra das Confusões é o maior parque do Piauí e da região nordeste do Brasil. 

Hérlon Moraes
[email protected]

 

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