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Maternidade Evangelina Rosa treina profissionais para casos de adoção

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A Maternidade Dona Evangelina Rosa (MDER) mobilizou, nesta quarta-feira (30), uma equipe multiprofissional composta por assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos, além de colaboradores da área administrativa, para uma atividade com profissionais da ONG Centro de Reintegração Familiar e Incentivo à Adoção (Cria), que trabalha com adoção sob o ponto de vista do acolhimento.

O objetivo central do primeiro encontro foi de preparar as equipes da maternidade para lidar com a questão emocional, que são os casos que envolvem adoção. Para a preparação dos profissionais, foi realizada uma atividade relacionada com a necessidade da equipe multiprofissional, que trabalha no dia a dia com pacientes da maternidade, que  eventualmente possuem a determinação de entregar seu bebê para adoção, ou ainda as que não se encontram em condições de manter o filho sob sua custódia.

“Grande parte dessas mães passam por uma situação de vulnerabilidade social extrema e esses profissionais convivem com esses dramas das pacientes constantemente", comentou a coordenadora do Serviço Social da MDER, Solange Campos. Por conta disso, a maternidade vem buscando outras instituições e ONGs que possam oferecer suporte às equipes. "A metodologia utilizada hoje foi a interação dos profissionais. Dentro da dinâmica aplicada, de elencar dificuldades e apontar pontos positivos do trabalho, tentamos chegar a encontrar caminhos", esclareceu a assistente social.

Nova Cultura de adoção
A coordenadora do grupo de apoio à adoção , Francimélia Nogueira, apresentou o trabalho realizado pela ONG , de construir uma nova cultura de adoção . "O foco da reunião foi de aplicar uma dinâmica de avaliação e diagnóstico, no sentindo de motivar os funcionários e saber quais os problemas da maternidade e o que eles podem fazer para prestar melhor serviço à comunidade. E nesse serviço, de melhor qualidade, está incluído o de saber lidar com os casos", explicou a coordenadora.

A dinâmica aplicada, denominada Fofa, significa quatro itens: Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças. "Na visão dos funcionários, sobre os serviços que a maternidade oferece, podemos discutir o que cada um pode fazer, qual atitude positiva podem tomar", destacou Francimélia, ao associar a atividade com o dia a dia.

Capacitar para melhorar
Partindo da proposta de que ampliar e capacitar é refletido em oferecer melhor atendimento, a coordenadora administrativa da maternidade, Elizângela de Oliveira, disse que a visão da MDER é "trabalhar bem mais próximo do usuário, esse através de um novo modelo de gestão". "Qualificar, humanizar e sensibilizar os colaboradores se refletirá em um atendimento de muito mais qualidade", reforçou a coordenadora.

O diretor geral da Evangelina Rosa, médico Jose de Araújo Brito , falou que a atual gestão da maternidade tem investido em capacitação, e em casos de pacientes que não podem ou não querem criar os filhos, é preciso preparar os profissionais para saber lidar com essa questão social. "O funcionário é aquele que tem o primeiro contato com a mãe que está com dificuldades de cuidar de seu filho, seja por fatores familiares, ou sócio-econômico, e tem o desejo de doar a criança e não sabe como fazer. É uma função da maternidade orientar essas mães, de encaminhá-las ao setor de serviço social, de forma que evite que a criança seja abandonada de uma forma inadequada", explicou o gestor.

Ele acrescentou ainda que, além disso, é preciso criar um cultura de fazer as estatísticas, saber quais procedimentos foram feitos, se houve problemas, como foram resolvidos, para que a gente tenha dados em mãos. “Ter todos os dados em mãos também ajuda a melhorar o serviço oferecido", concluiu.

Da Redação
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